São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2008

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Procuradoria denuncia Jucá por crime financeiro

Senador disse ser inocente e que quer arquivar a ação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), foi denunciado formalmente pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, sob acusação de crime contra o sistema financeiro. O caso tramita em segredo de Justiça.
A denúncia foi entregue em dezembro de 2007 ao ministro Cezar Peluso, do STF (Supremo Tribunal Federal), pois Jucá tem direito a foro privilegiado. Ainda não há prazo para uma decisão sobre o caso. Se condenado, poderá pegar uma pena de dois a seis anos de prisão, além de ter de pagar multa.
O caso foi revelado pela Folha em março de 2005, quando Jucá era o ministro da Previdência. Ele ocupou o cargo por apenas quatro meses.
O senador é acusado de ter feito, em 1996, um empréstimo no Basa (Banco da Amazônia) de forma fraudulenta. O dinheiro seria usado na empresa Frangonorte, da qual ele era um dos sócios.
O Basa cobra de Jucá e do ex-sócio Getúlio Cruz uma dívida de R$ 25 milhões do FNO (Fundo Constitucional do Norte). Em maio de 2005, o STF aceitou a abertura de inquérito. A Polícia Federal executou diligências que ajudaram a formular a denúncia. Segundo o procurador, Jucá apresentou imóveis inexistentes como garantia de que pagaria a dívida. O senador responsabiliza o ex-sócio.
Nem Jucá nem o advogado dele, Antonio de Almeida Castro, retornaram aos telefonemas da Folha. O senador já disse, no passado, ser inocente e que deve pedir o arquivamento da ação por prescrição.
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), disse que pedirá uma cópia da denúncia. No entanto, afirmou que o caso dificilmente será apurado pela Casa, pois aparentemente se trata de assuntos anteriores à posse de Jucá no Senado.


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