São Paulo, sexta-feira, 31 de julho de 2009

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Pós-crise

Nas manchetes de Folha Online e Valor Online à tarde e no "Wall Street Journal", "Bovespa avança e bate os 55 mil pontos". Depois baixou, mas foi o bastante para agências espalharem como o "Brasil comanda a América Latina na saída da recessão", segundo o banco JP Morgan.
Do relatório destacado na Bloomberg, "o Brasil já emerge como o líder claro da recuperação na região". A análise da Reuters, intitulada "Na crise global, as falhas do Brasil se tornam uma bênção", foi além e já iniciou o jogo pós-crise. Ouvindo os bancos Citigroup e Goldman Sachs e as agências de "classificação de risco" Standard & Poor's e Fitch, afirma que "os calcanhares de Aquiles amorteceram a crise, mas podem fazer o país tropeçar no futuro". Os calcanhares, no são, são os bancos estatais, inclusive BNDES.

WASHINGTON QUER PRÉ-SAL
Enquanto Exxon, Shell e Repsol amontoavam maus resultados nas páginas iniciais de "WSJ" e "Financial Times", ontem, a agência de estímulo à exportação dos EUA anunciava que pode dobrar o financiamento à Petrobras, para a exploração de Tupi.
Ao mesmo tempo, no "WSJ", José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, dizia na assinatura de um pacote de financiamento do BNDES que a estatal "não terá problemas para completar seu plano agressivo de investimento".

PEQUIM TAMBÉM

chinadaily.com.cn
Ontem no "China Daily", o Banco de Desenvolvimento da China, que fechou empréstimo de US$ 10 bilhões à Petrobras, confirmou que vai abrir agência no Rio, como sublinhou, cidade "sede" da estatal.

MONTADORAS CÁ
Num título da Bloomberg sobre relatório da montadora alemã, ontem, "Lucro da Volkswagen bate expectativas no Brasil e na China". Já o "FT", sobre a francesa Peugeot, noticiou que suas vendas cresceram "no Brasil e na China" e que ela decidiu projetar modelos para satisfazer "os gostos locais de mercados como China e Brasil".

BANCOS CÁ
Em reportagem sobre como os "bancos espanhóis parecem sobreviventes", o "WSJ" destacou ontem, entre suas qualidades, que "oferecem exposição a emergentes como México e Brasil". Na mesma linha, o "New York Times" deu que o lançamento de ações no Brasil começa a animar os bancos europeus a seguirem o exemplo.

VÍTIMAS DA CRISE

Jay LaPrete/usatoday.com
No "USA Today", vítima branca

O "USA Today" deu no alto da primeira página de ontem, abrindo foto, que as maiores vítimas da recessão nos EUA foram "homens brancos". Cita exemplos de profissionais demitidos que não conseguiram novo emprego. E contrasta com o desemprego entre mulheres negras, que se reduziu quase à metade.
O blog Gawker ironizou, dizendo que "todo o mundo pensa, sobre as maiores vítimas, que foram 'Os Pobres'. Errado. Foram os machos brancos."

OBAMA RACISTA

foxnews.com
Em meio à recente controvérsia sobre declarações de Obama, o âncora Glenn Beck afirmou na Fox News que "esse cara", o presidente dos EUA, "é um racista".

DA FLORESTA PARA A SOJA

lemonde.fr
O francês "Le Monde" destacou as recentes vitórias ambientalistas no Brasil, como a recusa de supermercados em vender carne da Amazônia. Mas destacou que a "fazendeira", usando a palavra em português, e senadora Kátia Abreu vem defendendo o agronegócio na região. Ela diz ao jornal que "não é crime, pois não destruímos mas substituímos a cobertura vegetal por alimento". Publicada anteontem, a frase reverbera desde então.

BATE-ESTACA
Da escalada de manchetes do "Jornal Nacional", um mês atrás: "A crise termina a semana sem solução. José Sarney diz que não vai deixar a presidência do Senado". Uma semana atrás: "Gravações ligam Sarney a ato secreto para contratar o namorado da neta".
E ontem: "Lula muda discurso e diz que permanência ou não de Sarney não é problema dele".


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