São Paulo, sexta-feira, 31 de julho de 2009

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Ciro deve se reunir com petistas para discutir candidatura

Encontro foi planejado pelas direções de PSB e PT; ideia é que união sirva de base para chapa anti-PSDB

DA REPORTAGEM LOCAL

As direções de PT e PSB acertaram ontem que devem promover um encontro entre Ciro Gomes e os petistas paulistas para debater a possível candidatura do deputado federal pelo Ceará ao governo de São Paulo no ano que vem.
Ciro (PSB) tem o apoio do Palácio do Planalto, mas encontra resistências na base do PT paulista, que pretende apresentar um nome para a disputa.
A data do encontro será definida após reunião do presidente Lula com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), na semana que vem.
Os presidentes estaduais dos dois partidos, Edinho Silva (PT) e Márcio França (PSB), também definiram que, desde já, iniciarão a elaboração de um projeto que norteará uma eventual união das duas siglas em São Paulo e servirá de base para uma chapa anti-PSDB.
Segundo a Folha apurou, no entanto, ambos concordaram que Ciro ainda está indeciso quanto a disputar o governo paulista ou a Presidência.
França afirmou que foi um encontro "genérico". Segundo ele, a reunião de Lula com Campos, presidente nacional do PSB, será "decisiva" para o futuro da eventual aliança.
Para Silva, os diálogos devem prosseguir mesmo se Ciro, nascido em Pindamonhangaba (SP), não aceitar o desafio.
Na tentativa de "construir" uma alternativa petista, o partido escalou a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata ao Planalto, para visitar Osasco, administrada por Emidio de Souza, um dos nomes do PT para a corrida pelo governo.
Uma das condições apresentadas pelos petistas para a aliança é o desembarque do PSB da base de apoio ao governador tucano José Serra.
"Não tocamos nesse assunto. Mas é evidente que, conforme formos tratando de críticas às áreas de segurança e educação, por exemplo, o PSB terá de se posicionar politicamente em São Paulo", disse Silva.
Na semana passada, o Diretório Estadual do PT-SP aprovou resolução "conclamando" as siglas aliadas no plano federal (PDT, PSB, PR, PC do B e PMDB) a iniciarem a construção de programa anti-PSDB.
A estratégia de lançar Ciro ao governo paulista, considerada arriscada por setores do PT, surgiu diante da ausência de um nome "natural" do partido para a eleição ao Palácio dos Bandeirantes. (JOSÉ ALBERTO BOMBIG e PEDRO DIAS LEITE)


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