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Ciro deve se reunir com petistas para discutir candidatura
Encontro foi planejado pelas direções de PSB e PT; ideia é que união sirva de base para chapa anti-PSDB
DA REPORTAGEM LOCAL
As direções de PT e PSB acertaram ontem que devem promover um encontro entre Ciro
Gomes e os petistas paulistas
para debater a possível candidatura do deputado federal pelo Ceará ao governo de São Paulo no ano que vem.
Ciro (PSB) tem o apoio do
Palácio do Planalto, mas encontra resistências na base do
PT paulista, que pretende apresentar um nome para a disputa.
A data do encontro será definida após reunião do presidente Lula com o governador de
Pernambuco, Eduardo Campos
(PSB), na semana que vem.
Os presidentes estaduais dos
dois partidos, Edinho Silva
(PT) e Márcio França (PSB),
também definiram que, desde
já, iniciarão a elaboração de um
projeto que norteará uma
eventual união das duas siglas
em São Paulo e servirá de base
para uma chapa anti-PSDB.
Segundo a Folha apurou, no
entanto, ambos concordaram
que Ciro ainda está indeciso
quanto a disputar o governo
paulista ou a Presidência.
França afirmou que foi um
encontro "genérico". Segundo
ele, a reunião de Lula com
Campos, presidente nacional
do PSB, será "decisiva" para o
futuro da eventual aliança.
Para Silva, os diálogos devem
prosseguir mesmo se Ciro, nascido em Pindamonhangaba
(SP), não aceitar o desafio.
Na tentativa de "construir"
uma alternativa petista, o partido escalou a ministra Dilma
Rousseff (Casa Civil), pré-candidata ao Planalto, para visitar
Osasco, administrada por Emidio de Souza, um dos nomes do
PT para a corrida pelo governo.
Uma das condições apresentadas pelos petistas para a
aliança é o desembarque do
PSB da base de apoio ao governador tucano José Serra.
"Não tocamos nesse assunto.
Mas é evidente que, conforme
formos tratando de críticas às
áreas de segurança e educação,
por exemplo, o PSB terá de se
posicionar politicamente em
São Paulo", disse Silva.
Na semana passada, o Diretório Estadual do PT-SP aprovou resolução "conclamando"
as siglas aliadas no plano federal (PDT, PSB, PR, PC do B e
PMDB) a iniciarem a construção de programa anti-PSDB.
A estratégia de lançar Ciro ao
governo paulista, considerada
arriscada por setores do PT,
surgiu diante da ausência de
um nome "natural" do partido
para a eleição ao Palácio dos
Bandeirantes.
(JOSÉ ALBERTO BOMBIG e PEDRO DIAS LEITE)
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