DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em entrevista levada ao ar na madrugada de hoje que vai ganhar a eleição para a um novo mandato de mais quatro anos. Lula deixou de lado o tom de cautela que usa para falar da disputa. Pesquisas o dão como eleito no primeiro turno, se a eleição fosse hoje.
"Eu sinto orgulho do apoio que eu estou tendo. Sinto orgulho porque nós vamos ganhar as eleições, se Deus quiser e se o eleitor compreender a necessidade de continuar esse governo", afirmou. Na entrevista, ao "Jornal da Globo", Lula também defendeu seu partido, o PT, que está sumido da sua própria campanha. Questionado se o partido vai mal nas urnas, respondeu: "Pra você dizer que o PT não vai bem, precisa dizer quem vai melhor".
Lula tentou se eximir de responsabilidade nas suas alianças e nos integrantes de seu Conselho Político, que tem nomes como o do deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), antes inimigo dos petistas. "Não escolho quem participa das reuniões e também não veto, porque não sou juiz para julgar as pessoas", afirmou o presidente.
O petista, que deu a entrevista no Palácio da Alvorada, por ser presidente, esquivou-se de pergunta que comparava o crescimento do Brasil com o dos outros países -que só fica atrás do do Haiti. "Nós temos de comparar o país com o nosso país", disse. "Pode ter alguns crescendo mais do que o Brasil, mas nenhum tem a conjuntura de fatores positivos que tem a macroeconomia brasileira (...)."
Na entrevista, acusou os governadores do Brasil, sem fazer distinção, de bloquearem a votação de sua parte da reforma tributária porque "querem continuar a guerra fiscal". E criticou seus antecessores: "Vamos passando na medida em que a gente vai ajustando setor por setor sem a pressa e sem o ufanismo daqueles que ficam dizendo que tudo se resolve com a política tributária, governaram o Brasil 500 anos e não fizeram", afirmou Lula.


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