São Paulo, quinta-feira, 31 de agosto de 2006

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Conforto

A Globo chegou a dar os "ataques na madrugada" a agências bancárias e base policial, no "SPTV", sites também destacaram. Mas veio o fim do dia e "Cláudio Lembo minimizou", segundo Fátima Bernardes. Ele também não viu relação com uma transferência: _ Os próprios presos tinham interesse. Foi uma transferência normal, até para conforto dos presos.
No portal iG, ele acrescentou que "foram ataques superficiais, a mesma pessoa jogou álcool nos dois caixas eletrônicos e na base nem foi tiro, foi pedrada".

"GUERRA CIVIL"
O francês "Le Figaro", com bastante atraso, escreveu ontem sobre a polícia "impotente" diante das demonstrações de força do PCC, na "cidade à beira de uma guerra civil". Na tradução da BBC Brasil: _ Em São Paulo, a violência faz parte do cotidiano. Os ricos se entrincheiram atrás de muros com cercas elétricas ou em condomínios de luxo bem patrulhados. A segurança se tornou um negócio bilionário.

"FHC ATRAPALHA"
Em dia frio, é só falar com o governador. De Lembo ao iG, o que rendeu até manchete: _ Ele [FHC] atrapalha o Alckmin. Democracia não se faz com agressividade... Não precisa pôr fogo em nada.
Lembro disse que Lula "deve ser reeleito dia 1º", bem como José Serra, que "tem os traços do paulistano médio". Já Aloizio Mercadante "herdou traços autoritários da educação militar da família".

cesarmaia.blogspot.com/Reprodução
Foto de Cesar Maia em seu "ex-blog", de onde escreve diariamente

NOVELEIRO
Além de crítico de TV ("hum, Alckmin já melhorou muito"), o prefeito do Rio, o pefelista Cesar Maia, há dias vem propondo roteiros e até diálogos para os programas de "qualquer candidato da oposição". Por exemplo:
_ Locutor: Todo mundo se lembra desta cena. (Aparece o vídeo de Waldomiro pedindo dinheiro ao contraventor.)
_ Candidato da oposição: Claro, você se lembra. Ele era o principal assessor do poderoso ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu. O gabinete ficava bem ao lado do Lula.

IRONIA
Um dia depois das pressões da campanha de Geraldo Alckmin, o tucano José Serra foi ao ataque, ontem à tarde, na manchete de eleições da Folha Online e na submanchete do UOL. Declarou, em referência à greve no ABC: _ A dificuldade da Volkswagen e da indústria automobilística em geral é a política econômica do governo, é a política de juros e de câmbio, que encarece as exportações.
Arrematou, em menção mais direta, que "é uma ironia que o presidente seja de São Bernardo".
E parou por aí.

RASGANDO SEDA
Na Folha Online, Delfim Netto criticou o programa lançado por Lula, dizendo que "é do PT e não de Lula". Pedro Malan acresceu que "traduz claramente o desejo de expectativas adicionais de gastos". Já no blog da BBC Brasil, Malan e Antônio Palocci surgiam ontem "rasgando seda um para o outro". "O Brasil deve muito ao ministro Palocci", disse um. E devolveu o outro que, se o país "tem a melhor combinação de fundamentos em 30 anos, é resultado não só do atual governo, mas dos que vieram antes".

AFP - lemonde.fr/Reprodução IRMÃOS O francês "Le Monde", traduzido no UOL, voltou aos exotismos do Brasil _e de Lula. Com uma foto idílica e sob o título "Nas aldeias do Amazonas, os estudantes brasileiros acham desenvolvimento sustentável", seguiu voluntários do Projeto Rondon até Caapiranga: _ "Uma região onde seus irmãos, que vocês não conhecem, também falam português", lembrou-lhes Lula, no dia da partida.

"UNA MIERDA"
Ecoava ontem no site do chileno "El Mercurio", em despacho da DPA, a informação da Folha de que, no livro "Viagens com o Presidente", o presidente diz, a certa altura, na versão: _ Chile es una mierda. Também são citadas as "palavras ofensivas" sobre o argentino Néstor Kirchner.

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@ - Nelson de Sá


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