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Julgamento no Supremo afeta o PT, diz ministro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Justiça, Tarso
Genro, disse ontem que o julgamento do mensalão pelo STF,
que decidiu pela abertura de
processo contra o ex-ministro
José Dirceu (Casa Civil) e o deputado José Genoino (PT-SP),
entre outros dirigentes petistas, não tem reflexos sobre o
governo de Luiz Inácio Lula da
Silva, mas afeta o partido.
"O impacto pode ser uma
postura mais defensiva do PT,
uma postura de rejeição da denúncia ou de reforço da convicção de que essas pessoas [denunciadas] cometeram ilegalidades. Impacto tem, mas eu
não sei qual é o impacto", afirmou. Tarso não quis se aprofundar no assunto. "Sobre isso
eu falo domingo", declarou, em
referência ao congresso nacional do PT que acontece neste
fim de semana.
"Eu entendo que não atinge
politicamente nem o governo
nem o presidente da República", disse.
Ao final da reunião ministerial de ontem na Granja do Torto, o presidente Lula disse à sua
equipe que "ninguém pode se
abater" por causa do julgamento. Segundo Lula, seus ministros não podem se abater nem
se abalar porque até agora o
STF não condenou ninguém e
tudo ocorreu dentro da normalidade institucional.
A denúncia acatada pelo Supremo atingiu três ex-ministros do governo Lula. Em sua
fala, o presidente repetiu o que
havia dito no dia anterior no
Planalto, quando disse que
quem for culpado será condenado pelo STF, e os inocentes
verão absolvidos.
O presidente do DEM, Rodrigo Maia, e o líder do PSDB na
Câmara, Antonio Carlos Pannunzio, rechaçaram a afirmação de que o julgamento do
mensalão está sob suspeita por
causa das declarações do ministro Ricardo Lewandowski.
"Quem está sob suspeita é ele
[José Dirceu]", disseram.
Para o deputado Fernando
Gabeira (PV-RJ), "não se pode
negar que o conteúdo dos e-mails tem ligação com a conversa do ministro". José Genoino (PT-SP), acusado no mensalão, preferiu não comentar.
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