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Foco
Com pizza no cardápio, homenagem a João Paulo vira ato contra STF e mídia
DA REPORTAGEM LOCAL
Jantar realizado ontem
em homenagem ao deputado
federal João Paulo Cunha virou um ato de apoio aos petistas que são réus na ação
sobre o mensalão no STF.
"Eu sei de companheiros
que não vieram por medo",
disse João Paulo. José Dirceu e José Genoino não estiveram no encontro, que reuniu cerca de 150 pessoas. "Se
a gente ficar parado, eles [a
elite e imprensa] vão pisar
na nossa cabeça", disse o deputado, que foi absolvido no
processo de cassação na Câmara em 2006.
Todos os discursos atacaram a "mídia" e os jornalistas no evento foram vaiados.
O encontro foi realizado em
uma churrascaria na Saúde,
zona sul de São Paulo, mas o
cardápio contou com pizza e
salgadinhos. O dirigente petista Sérgio Ribeiro justificou: "[A pizza] é emblemática para nós porque estamos
sendo assados".
O ato também homenageou a ex-deputada Angela
Guadagnin, que se notabilizou pela "dança da pizza",
quando comemorou a absolvição do deputado João
Magno. Durante o jantar, deputados petistas criticaram a
decisão do STF da acatar a
denúncia sobre o mensalão .
"Eles não são culpados. São
réus. O Supremo ficou menor nesse processo", disse
Jilmar Tatto, para quem
"paira uma dúvida se a decisão foi técnica ou política".
Já o líder do PT na Câmara,
Luiz Sérgio (RJ), afirmou
que "seus companheiros estão sendo massacrados". O
deputado Devanir Ribeiro
disse que "o julgamento foi
tão confuso que hoje tem ministro do STF querendo processar outro ministro".
João Paulo afirmou: "Se
um ministro do Supremo diz
isso [referindo-se a Lewandowski], como eu vou me defender?".
(JAB)
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