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PT não é uma "comunidade de anjos", diz Tarso
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro (PT), vai defender modificações em alguns procedimentos internos do partido em
razão das denúncias contra o partido levantadas na CPI da Segurança Pública na Assembléia Legislativa do Estado.
""O PT não é uma comunidade
de anjos, e nenhuma comunidade
é uma comunidade de anjos aqui
na Terra", disse. O partido está
sendo acusado de ter vínculos
com o jogo do bicho e de ter recebido doações de bicheiros para a
campanha a governador de Olívio
Dutra, eleito para o cargo em 98.
""O PT muitas vezes faz da questão ética e moral o centro da discussão, mas ela não deve ser o
centro, deve ser a base. O fundamento da política deve ser ético e
moral, mas a discussão exclusivamente ética e moral não deve ser o
centro", declarou Tarso.
Tarso Genro disse que a investigação a respeito da possível vinculação do PT com o jogo do bicho será usada, certamente, tanto
em futuras campanhas locais como na campanha presidencial do
partido no próximo ano.
Em relação ainda ao processo
eleitoral, Tarso afirmou considerar grave o fato de que o processo
eleitoral ""pode ser despolitizado",
com as questões ideológicas ficando de lado.
""Foi assim que o Collor [o ex-presidente Fernando Collor de
Mello" ganhou a eleição [em
1989", dizendo que era o caçador
de marajás e que o Sarney [o ex-presidente José Sarney" era ladrão", disse o prefeito, que em
1998 perdeu para Olívio Dutra a
prévia que indicou o candidato do
partido ao governo do Estado.
Tarso classifica a situação vivida
pelo atual governo gaúcho como
""uma lição" e diz considerar importante aperfeiçoar os ""mecanismos internos de controle" no PT,
para controlar as relações institucionais com entidades privadas,
entre elas o Clube de Seguros e Cidadania, presidido por Diógenes
Oliveira, pivô da crise.
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