São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2004

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Eleição direta voltou em 53, e Jânio venceu

DA REDAÇÃO

A cidade só voltou a eleger diretamente seus prefeitos em 1953, e Jânio Quadros foi eleito com dois terços dos votos. Usou sua gestão para lançar sua candidatura ao governo do Estado e foi eleito no ano seguinte, derrotando o ex-governador Adhemar de Barros.
O mesmo Adhemar foi eleito prefeito em 1957. Alargou avenidas, reformou a praça Roosevelt, construiu o hospital do Tatuapé e, como seu rival, usou a máquina para preparar suas campanhas.
Em 1961, Prestes Maia reassumiu a prefeitura e prosseguiu na implantação de seu plano: abriu a atual avenida 23 de Maio e iniciou a construção das duas marginais. Foi sucedido por José Vicente Faria Lima, que manteve a ênfase no transporte rodoviário (concluiu a 23 de Maio e a Radial Leste, fez o complexo do parque D. Pedro 2º e a Marginal Tietê), em detrimento do transporte coletivo. Erradicou os bondes em 1968, mas criou duas empresas municipais: a Cohab, em 1965, e o Metrô, em 1966.
Paulo Maluf manteve o viés rodoviarista de Faria Lima, construindo o "Minhocão". Já Figueiredo Ferraz priorizou o metrô.
A administração de Olavo Setubal (1975-1979) concluiu a linha norte-sul do metrô em 1975 e, para isso, reformou também a praça da Sé. No ano seguinte, começou a implantar os calçadões no centro e as faixas privativas para ônibus. Em 1979, inaugurou o primeiro trecho da linha leste-oeste do metrô. Entregou 30.000 casas.
Em 1983, o governador Franco Montoro (PMDB) nomeou Mário Covas a prefeitura. Implantou o primeiro corredor exclusivo de ônibus, construiu 74 escolas, 70 creches e 33.000 casas populares.
Com a volta das eleições diretas, Jânio foi novamente eleito. Retomou a orientação rodoviarista de Prestes Maia, iniciando a construção dos túneis sob o rio Pinheiros e sob o parque Ibirapuera. Reurbanizou o vale do Anhangabaú.
Seguiram-se as gestões de Luiza Erundina (PT) e de Paulo Maluf (PDS), de estilos opostos: Erundina priorizou a ampliação da frota de ônibus, Maluf privatizou a CMTC e investiu em obras viárias. Na área de habitação, Erundina priorizou os mutirões na periferia, Maluf verticalizou favelas. Erundina fez seis hospitais, e Maluf transferiu o sistema ao PAS.
Marta Suplicy implantou o bilhete único no transporte coletivo e criou os CEUs (Centros Educacionais Unificados), mas também investiu em túneis e avenidas.


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