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ELEIÇÕES 2006 / NA OPOSIÇÃO
Alckmin fica em casa e evita entrevistas
Ex-governador discute com aliados as causas da derrota e problemas para fechar a planilha financeira da campanha
Ex-governador ainda não
decidiu se fará autocrítica da
campanha e se assumirá
sozinho a responsabilidade
pelo fracasso no 2º turno
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato derrotado Geraldo Alckmin (PSDB) passou o
dia de ontem trancado em seu
apartamento, na zona sul de
São Paulo, avaliando, em conversas por telefone, as causas
da derrota e a planilha financeira da campanha. Ele também
aproveitou para respondendo
mensagens de eleitores e de
seus correligionários.
Alckmin deverá viajar com a
família a partir de hoje e, só então, deverá conceder entrevistas, segundo sua assessoria, para falar de seu futuro e do resultado das eleições deste ano. Até
lá, o ex-governador espera decidir se fará uma autocrítica da
campanha e dos caminhos do
partido ou se assumirá sozinho
a responsabilidade pelo fracasso no segundo turno.
O tucano não pretende deixar o país nem prolongar as férias para além da próxima semana. A expectativa é de que
ele participe de uma comemoração pelo seu aniversário de
54 anos no próximo dia 7, em
Pindamonhangaba (SP), organizada por familiares e amigos.
Até o início da noite, havia a
expectativa de que a família
Alckmin deixasse a capital rumo à "Pinda", sua cidade natal e
onde ele mantém um pequeno
sítio. Mas, também de acordo
com os assessores, ele descartara a possibilidade. Por volta das
11h, ele, acompanhado da mulher, fez uma rápida aparição
na sacada do apartamento e
acenou para os jornalistas.
Nem à confraternização dos
funcionários do ITV (Instituto
Teotônio Vilela), sua base na
capital paulista, o ex-governador compareceu. Ele também
cancelou um almoço com
apoiadores de sua campanha.
De acordo com relatos de tucanos que falaram com Alckmin ontem, ele estava disposto
e bem-humorado, mas ainda
não havia formulado um "discurso" para responder às perguntas dos jornalistas.
São Paulo
Alckmin ficou decepcionado
com sua votação em alguns Estados, particularmente em Minas Gerais, do governador reeleito Aécio Neves, e em São
Paulo, do governador eleito José Serra. O candidato derrotado, no entanto, tem evitado responsabilizar os companheiros
de partido pela derrota.
Apesar da vitória em São
Paulo, sua base política, Alckmin acha que faltou empenho
do partido no segundo turno, o
que teria ajudado Lula a reduzir a diferença de votos entre as
duas candidaturas em relação
ao resultado do primeiro turno.
Nas conversas com correligionários, Alckmin avaliou projetos que envolvem a disputa da
presidência do PSDB e a da liderança da bancada do partido
na Câmara dos Deputados.
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