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RIO GRANDE DO NORTE
Governadora vai cobrar de Lula manutenção de projetos sociais
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA
Aliada do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), Wilma de Faria (PSB), governadora reeleita do Rio Grande do
Norte, vai discutir agora com o
governo federal a manutenção
dos programas sociais no Estado, a implantação de um pólo
petroquímico e a finalização de
um aeroporto em Natal. Depois
de derrotar dois fortes clãs da
política no Estado (os Alves e os
Maia), diz que sua reeleição
marca o fim de um "ciclo de políticos tradicionais".
FOLHA - Qual a principal pauta da
reunião com o presidente?
WILMA DE FARIA - Nós temos
uma parceria com o governo federal em obras estruturantes.
Por exemplo: assinamos um
protocolo com a Petrobras para
que nós pudéssemos implantar, paulatinamente, um pólo
petroquímico e agregar valor
para o pólo industrial que o Rio
Grande do Norte tem hoje.
A outra pauta é um aeroporto
para Natal, que está sendo iniciado pela Infraero [Empresa
Brasileira de Infra-Estrutura
Aeroportuária].
FOLHA - Em relação à reforma tributária, quais são as reivindicações?
WILMA - Nós reclamamos a
compensação dos Estados exportadores. Nós ainda exportamos produtos primários, como
frutas, e somos o maior exportador de camarão, de atum.
FOLHA - O acirramento das eleições pode complicar seu mandato?
WILMA - Eu tive alguma dificuldade no primeiro governo, porque só elegi dois deputados [na
Assembléia]. Sei das dificuldades, mas hoje a gente tem maioria, nosso partido cresceu, elegemos mais deputados estaduais e os partidos aliados também. Temos uma boa bancada.
FOLHA - A sra. teme que os desdobramentos do escândalo "foliaduto" atrapalhem seu governo?
WILMA - Não. Veja que durante
o meu governo não houve nenhuma CPI, nenhuma sugestão
de CPI. Houve, sim, erros gravíssimos em uma fundação
[Fundação José Augusto, que
contratou shows fantasmas].
Sei que, numa hora dessas, minha intolerância é total com a
corrupção. Eu afasto as pessoas, entreguei à Justiça.
FOLHA - A sra. derrotou, nessa reeleição, dois clãs no Estado, os Maia e os Alves. Eles terão espaço agora?
WILMA - Eles estão fora do nosso governo. Terminou um ciclo
de políticos tradicionais que ficaram no poder. Quero agora
incentivar os jovens, para que
nós possamos mudar a história
do Rio Grande do Norte.
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