São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 2006

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RIO GRANDE DO NORTE

Governadora vai cobrar de Lula manutenção de projetos sociais

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA

Aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Wilma de Faria (PSB), governadora reeleita do Rio Grande do Norte, vai discutir agora com o governo federal a manutenção dos programas sociais no Estado, a implantação de um pólo petroquímico e a finalização de um aeroporto em Natal. Depois de derrotar dois fortes clãs da política no Estado (os Alves e os Maia), diz que sua reeleição marca o fim de um "ciclo de políticos tradicionais".  

FOLHA - Qual a principal pauta da reunião com o presidente?
WILMA DE FARIA
- Nós temos uma parceria com o governo federal em obras estruturantes. Por exemplo: assinamos um protocolo com a Petrobras para que nós pudéssemos implantar, paulatinamente, um pólo petroquímico e agregar valor para o pólo industrial que o Rio Grande do Norte tem hoje. A outra pauta é um aeroporto para Natal, que está sendo iniciado pela Infraero [Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária].

FOLHA - Em relação à reforma tributária, quais são as reivindicações?
WILMA
- Nós reclamamos a compensação dos Estados exportadores. Nós ainda exportamos produtos primários, como frutas, e somos o maior exportador de camarão, de atum.

FOLHA - O acirramento das eleições pode complicar seu mandato?
WILMA
- Eu tive alguma dificuldade no primeiro governo, porque só elegi dois deputados [na Assembléia]. Sei das dificuldades, mas hoje a gente tem maioria, nosso partido cresceu, elegemos mais deputados estaduais e os partidos aliados também. Temos uma boa bancada.

FOLHA - A sra. teme que os desdobramentos do escândalo "foliaduto" atrapalhem seu governo?
WILMA
- Não. Veja que durante o meu governo não houve nenhuma CPI, nenhuma sugestão de CPI. Houve, sim, erros gravíssimos em uma fundação [Fundação José Augusto, que contratou shows fantasmas]. Sei que, numa hora dessas, minha intolerância é total com a corrupção. Eu afasto as pessoas, entreguei à Justiça.

FOLHA - A sra. derrotou, nessa reeleição, dois clãs no Estado, os Maia e os Alves. Eles terão espaço agora?
WILMA
- Eles estão fora do nosso governo. Terminou um ciclo de políticos tradicionais que ficaram no poder. Quero agora incentivar os jovens, para que nós possamos mudar a história do Rio Grande do Norte.


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