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Tese não se aplica ao Brasil, afirma Tarso
DA REDAÇÃO
O ministro Tarso Genro
(Relações Institucionais)
discorda de que, diante de
uma maior coalizão a partir
de 2007, haverá aumento do
custeio da máquina federal.
Para ele, é exatamente a
coalizão que evita demandas
fragmentadas de grupos políticos. "Não-coalizão e acordos fragmentados com grupos partidários estabelecem
relações das quais não se tem
controle, e que determinam
esses custos", afirmou ele.
Para Tarso, os questionamentos sobre aumento de
custeio são "respeitáveis",
mas não se aplicam à experiência nacional. "No caso do
Brasil, achamos que numa
coalizão firme, em que os sujeitos sejam os partidos, essa
questão dos aumentos do governo e dos espaços políticos
é controlável."
Sérgio Abranches, PhD em
ciência política pela Universidade Cornell (Nova York),
contesta o ministro. Para ele,
que criou o termo "presidencialismo de coalizão" em
1989, a coalizão só se mantém enquanto não houver divergência de interesses.
Tarso descarta fracassos
na ampla aliança de Lula. Segundo ele, a coalizão servirá
justamente para definir rumos e reduzir a "interferência de grupos dispersos".
Para Abranches, o ministro só teria razão se os partidos fossem alinhados.
"Quando as coalizões são heterogêneas, fracassam."
(APB)
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