São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 2006

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Tese não se aplica ao Brasil, afirma Tarso

DA REDAÇÃO

O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) discorda de que, diante de uma maior coalizão a partir de 2007, haverá aumento do custeio da máquina federal.
Para ele, é exatamente a coalizão que evita demandas fragmentadas de grupos políticos. "Não-coalizão e acordos fragmentados com grupos partidários estabelecem relações das quais não se tem controle, e que determinam esses custos", afirmou ele.
Para Tarso, os questionamentos sobre aumento de custeio são "respeitáveis", mas não se aplicam à experiência nacional. "No caso do Brasil, achamos que numa coalizão firme, em que os sujeitos sejam os partidos, essa questão dos aumentos do governo e dos espaços políticos é controlável."
Sérgio Abranches, PhD em ciência política pela Universidade Cornell (Nova York), contesta o ministro. Para ele, que criou o termo "presidencialismo de coalizão" em 1989, a coalizão só se mantém enquanto não houver divergência de interesses.
Tarso descarta fracassos na ampla aliança de Lula. Segundo ele, a coalizão servirá justamente para definir rumos e reduzir a "interferência de grupos dispersos".
Para Abranches, o ministro só teria razão se os partidos fossem alinhados. "Quando as coalizões são heterogêneas, fracassam." (APB)


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