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Campinas, Quinta-feira, 06 de Janeiro de 2000
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REGIÃO DE CAMPINAS Desabrigados em dez cidades já somam 460
MARCO BENATTI
As chuvas que ocorrem desde 31 de dezembro na região já deixaram 460 pessoas desabrigadas em dez cidades, inundaram 674 casas e estabelecimentos comerciais e causaram transtornos a pelo menos 2.513 pessoas. Os prejuízos ainda não foram calculados pelas prefeituras. A cidade mais atingida é Mogi Guaçu (66 km de Campinas). O nível do rio Mogi Guaçu subiu cinco metros e voltou a inundar casas e comércio ontem. A agência do Unibanco no centro não abriu porque a água chegou a meio metro de altura. Outras 40 casas foram inundadas. Até o final da tarde de ontem, pelo menos 160 pessoas estavam desabrigadas. A previsão da PCH (Pequena Central Hidrelétrica), da empresa de energia Tietê, é que o nível do rio continue subindo hoje, devido às chuvas na cabeceira, localizada em Minas Gerais. Ontem, a loja de roupas Abuso Verbal, na rua Siqueira Campos, foi alagada. ""Conseguimos salvar tudo, porque desde domingo estamos colocando as roupas em prateleiras mais altas", afirmou Patrícia Barboza, 23. Segundo a Defesa Civil regional, as cidades de Sumaré, Itapira, Várzea Paulista e Capivari estão em estado de alerta. Em Sumaré, 46 famílias que ficaram no Ginásio Municipal começaram a voltar para casa. Em Hortolândia, 53 pessoas tiveram suas casas inundadas. Em Jaguariúna, 17 pessoas foram removidas da área rural da cidade. O rio Camaducaia inundou parte do centro da cidade e pelo menos dez lojas ficaram submersas. Em Capivari, sete pessoas foram atingidas. A cidade está em estado de alerta. O nível do rio Capivari não pára de subir. Em Itapira, cem pessoas já foram atingidas e 25 casas acabaram invadidas pelas águas. O rio Manso, que corta a cidade, ficou três metros acima do normal. Em Piracicaba, o nível da água desceu ontem. Já em Várzea Paulista (78 km de Campinas), as chuvas alagaram três casas. Em Valinhos, um temporal acabou inundando três bairros ontem. Próximo Texto: Ano novo, drama velho: Maioria das cidades atingidas na região deixou de investir em obras preventivas Índice |
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