free-lance para a Folha

Mesmo sem ter recebido os salários de agosto, o Bragantino tenta reverter a crise e o risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro amanhã, quando enfrenta o Grêmio. O salário de agosto deve ser pago antes do jogo e vai servir como "incentivo" ao time.
A equipe está na antepenúltima colocação na tabela de classificação e, mesmo sem os salários, continua treinando para o jogo de amanhã, que acontece em Bragança Paulista.
Os salários deveriam ter sido pagos no dia 15 de setembro.
Segundo o técnico do Bragantino, Heron Ferreira, a diretoria prometeu pagar os salários atrasados antes da partida contra o Grêmio. "Foi passado para a gente que os salários seriam pagos antes da próxima partida. Enquanto isso, continuamos fazendo o nosso trabalho", disse.
A assessoria de imprensa do clube informou que a folha de pagamento do Bragantino, incluindo os jogadores e a comissão técnica, é de R$ 300 mil.
Segundo a assessoria, o clube não sabe se terá condições de pagar os salários como prometido.
Até ontem à tarde, os pagamentos atrasados não haviam sido efetuados. No próximo dia 15 vence o pagamento de setembro.
Para o goleiro Émerson, independentemente do que acontecer com os salários, os treinamentos e a luta para fugir do rebaixamento devem continuar. "É lógico que esperamos receber, mas se ficarmos pensando somente nisso o nosso trabalho pode ser prejudicado", disse.
Para Heron Ferreira, a única maneira de superar a situação "incômoda" é conquistar vitórias nas duas próximas partidas, que serão realizadas em Bragança. "Precisamos vencer essas duas partidas em casa para melhorarmos a situação. Treinamos bastante visando esse primeiro jogo e vamos atrás dos três pontos", disse.
Depois da partida contra o Grêmio, o Bragantino volta a jogar no dia 14 em casa, contra o Guarani.
A equipe de Bragança, que não jogou na última rodada, está há uma semana treinando em Socorro, onde se concentra para a partida de amanhã.
Para Ferreira, a concentração é importante para corrigir as falhas da equipe e aperfeiçoar jogadas. "Treinamos todos os tipos de jogadas, mas priorizamos as bolas cruzadas na área e o ataque. Nas últimas partidas, levamos vários gols de cabeça", disse.
O ataque do Bragantino é o pior da competição, com 14 gols, ficando com uma média de 0,93 gol marcado por partida.
Os jogadores Nem, Piá, Zé Renato e Charles, ameaçados de serem dispensados por "rebeldia", continuam no clube.
Segundo o treinador, os quatro jogadores foram afastados por deficiência técnica. Os jogadores estão treinando em Bragança Paulista, separados do elenco, e não têm previsão de retorno.
O Bragantino treinou ontem à tarde em Bragança Paulista e voltou para Socorro, onde continua concentrado.



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