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POLÍCIA
Ontem foram identificadas duas adolescentes que dizem ter sido assediadas pelo vendedor preso em Mogi
Polícia busca vítima de pedofilia em escola
MAURÍCIO SIMIONATO
da Folha Campinas
A Polícia Civil de Mogi Mirim (57
km de Campinas) iniciou uma
campanha em uma escola localizada próxima à casa do vendedor e
bacharel em direito Osvaldo Durante, acusado de pedofilia, corrupção de menores e estupro, para
identificar mais adolescentes e
crianças que seriam suas vítimas.
Segundo a delegada da DDM
(Delegacia de Defesa da Mulher)
Judite de Oliveira Reis, que preside
o inquérito, a maioria das 18 crianças e adolescentes já identificadas
estuda na EEPSG (Escola Estadual
de Primeiro e Segundo Graus) Maria Beatriz. A própria filha do vendedor, G.D., 9, estuda no estabelecimento.
A campanha inclui uma descrição dos crimes e a apresentação de
uma foto de Durante.
"Oriento as crianças a não ficarem com medo de denunciar", disse a delegada. Segundo ela, os nomes dos envolvidos serão todos
mantidos em sigilo.
Ontem, outras seis adolescentes
da escola admitiram ter sido seduzidas pelo vendedor.
Com isso, sobe para 18 o número
de crianças e adolescentes que dizem ter sido molestadas por Durante.
As adolescentes foram identificadas pela diretoria da escola e tiveram seus nomes entregues para
a delegada, que conversou com todas as estudantes durante 40 minutos. Ela espera que nos próximos dias mais vítimas possam ser
identificadas.
O exame de corpo de delito das
vítimas já identificadas deve ser
concluído hoje. Até o fim desta semana será feito também um exame
para saber se Durante é portador
do vírus HIV.
O vendedor foi preso no dia 3
deste mês com seis fitas de vídeo
pornográfico em que ele aparece
praticando sexo com crianças e
adolescentes, todos tendo entre 9 e
16 anos, objetos pornográficos e
fotografias.
Em depoimento à polícia, o vendedor declarou que abordava os
adolescentes e crianças "por
hobby" e "para realizar suas fantasias".
Ele foi preso após a denúncia da
mãe das irmãs G.C.S., 11, e D.C.S.,
10, cujo nome não foi divulgado.
A mãe das crianças declarou em
depoimento na polícia que o vendedor teria convidado suas filhas
para serem filmadas.
Ele está preso na Cadeia de Estiva
Gerbi com outros três detentos em
uma cela especial. Um deles, Antônio Waldemar Zibordi, também é
acusado de pedofilia.
A visita ao vendedor foi proibida
por uma semana pela delegada em
razão de uma briga envolvendo
seus parentes na última sexta-feira
no interior da cadeia.
Durante está em Estiva Gerbi por
medida de segurança, pois os parentes das vítimas estão revoltados.
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