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ANÁLISE
Estilo de Chico é arriscado
SORAYA AGÉGE
editora da Folha Campinas
O prefeito Chico Amaral
mantém um estilo político
arriscado para tempos de
crise. Beneficia demais amigos e apoiadores. Prometeu
empregos e deu.
Alguns receberam sem
nunca ter trabalhado.
Em seu governo anterior,
o efeito não foi violento. Na
década de 70, as consequências não eram tão visíveis.
Ao longo desses dois anos
de governo de Campinas, o
déficit foi de R$ 280 milhões. A folha consome hoje
R$ 285 milhões anuais de
uma receita tributária de R$
380 milhões.
Ele foi avisado de que precisaria mudar seu estilo,
mas fez ouvidos moucos
para quem tentou alertá-lo.
Até que, em agosto do ano
passado, escolheu um caminho sem volta: anunciou
um calote aos precatórios e
usou R$ 30 milhões, que tinha emprestado para amortizar a conta, na cobertura
da folha. E continuou contratando amigos.
Agora, não serão essas
quase inviáveis demissões
que aplacarão a crise. Mais
uma vez, Chico poupa assessores. A maioria, que ganha entre R$ 1.062 e R$
4.500, continua.
E são muitos. Chico se recusa a divulgar esse número, mas a Folha apurou que
ele contratou, só no ano
passado, 402 pessoas.
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