|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VIOLÊNCIA
Proprietária da Viação Francorrochense e o marido, PM, são acusados de homicídio; vítima era o dono de empresa concorrente
Polícia procura empresária de Jundiaí
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
A empresária Angélica Selleguin e seu marido, o tenente da
PM de Jundiaí Daniel Laghi, estão
sendo procurados pela Polícia Civil, acusados de serem os mandantes do assassinato de Américo
Grilo Nogueira, proprietário da
Viação Lago Azul, que explorava
o transporte urbano em Franco
da Rocha, na Grande São Paulo.
A empresária é proprietária da
Viação Francorrochense, empresa que opera o sistema de ônibus
em Franco da Rocha. Ela e o marido moram em Jundiaí.
O empresário foi morto a tiros
em Franco da Rocha na última segunda-feira. Os dois acusados estão foragidos desde anteontem,
quando foi expedido pela Justiça
o mandado de prisão temporária
para ambos.
Segundo o delegado-assistente
da Delegacia Seccional de Franco
da Rocha, Nivaldo da Silva Santos, o policial militar Alfredo Epaminondas Martins foi o autor da
acusação.
Martins confessou ser um dos
dois homens que teriam atirado
em Nogueira, após bloquear o
veículo no qual o empresário trafegava. Martins, outro PM, Milton
Rodrigues Brizola, e o motorista
Genilson Cordeiro da Fonseca foram presos pela Polícia Civil na
noite do crime. Os três confessaram ter participado do atentado.
No depoimento que prestou à
polícia, Martins disse que ele e
Fonseca foram procurados por
Brizola para dar um "susto" no
dono da Lago Azul, a mando de
Angélica Selleguin. Os dois receberiam R$ 2.000 pelo serviço.
"Existe essa acusação, e, por isso, a Justiça determinou a prisão
temporária. As investigações, no
entanto, continuam sendo feitas
pelo delegado da cidade [Manoel
Alberto Cardoso de Mello]."
Mello foi procurado para falar
sobre o caso, ontem, mas não
atendeu à reportagem. Segundo a
Folha apurou, a polícia acredita
que Angélica e Daniel Laghi foram motivados a cometer o crime
devido à "guerra" das empresas
de ônibus em Franco da Rocha.
No ano passado, a Francorrochense substituiu a Lago Azul no
transporte da cidade ao apresentar uma proposta de tarifa mais
barata. O preço foi reduzido de R$
1,15 para R$ 0,90. A alteração da
concessão foi contestada pela Lago Azul.
Em abril, o diretor da Francorrochense, José Giácomo Selleguin, foi morto a tiros por dois
homens. A polícia não descartou
a possibilidade de o crime ter sido
cometido devido à rivalidade entre as empresas.
Outro lado
Os advogados de Angélica Selleguin e Daniel Laghi não foram localizados para comentar o caso.
Texto Anterior: Citrosuco será investigada por despejo de efluentes em manancial Próximo Texto: Transportes: Condutores não entram em acordo Índice
|