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Prado quer processar ex-assessores
DA FOLHA CAMPINAS
O deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Campinas
Petterson Prado (PPS) deve fazer
pronunciamento hoje na Assembléia Legislativa de São Paulo sobre a acusação de retenção de parte dos salários de seus assessores.
Prado disse que vai mover uma
ação judicial contra o ex-motorista Wagner Lopes de Oliveira e a
ex-assessora Fabiana Carnielli. Os
dois fizeram declarações e apresentaram documentos contra o
deputado.
As denúncias contra o deputado foram apresentadas na semana passada ao Ministério Público
pela Rede Globo e exibidas no Jornal Nacional na última sexta-feira
e anteontem.
Prado nega a retenção dos salários. "Isso foi uma coisa armada e
tenho certeza que eles estão ganhando alguma coisa", diz Prado.
A apropriação indébita de dinheiro, cometida por funcionário
público no exercício da função, é
crime de peculato com pena de
reclusão de 2 a 12 anos, além de
pagamento de multa.
Até ontem, o deputado não havia recebido a denúncia formal do
Ministério Público, segundo informou a assessoria de Prado.
O ex-motorista denunciou que
recebia R$ 1.725 e tinha que repassar entre R$ 980 e R$ 1.000 mensalmente ao deputado.
Fabiana afirmou que foi demitida quando ameaçou deixar de repassar o dinheiro. Ela afirmou
que recebia R$ 1.730 e tinha que
repassar R$ 1.200 por mês.
Os repasses dos salários seriam
feitos na conta do primo de Prado, Sérgio Roberto do Prado, segundo os ex-assessores. Sérgio
Roberto também trabalha como
assessor do deputado.
A assessoria de imprensa do deputado informou que Prado e seu
primo iriam se reunir ontem para
discutir a denúncia.
O presidente do PPS, em Campinas, David Zaia disse que a denúncia não prejudicou a imagem
de Prado dentro do partido.
"Os adversários não se conformam com o espaço conquistado
pelo Petterson em tão pouco tempo", afirmou Zaia.
Em pesquisa realizada em Campinas pelo Datafolha, divulgada
no último dia 22, Prado aparece
em segundo lugar com até 10%
das intenções de voto.
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