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Grevista pára centro de Campinas
e causa congestionamento recorde
Frâncio de Hollanda/Folha Imagem
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Trânsito parado na avenida Benjamin Constant devido ao protesto
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Frâncio de Hollanda/Folha Imagem
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Motoristas de ônibus em passeata na rua General Osório, no centro
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free-lance para a Folha Campinas
Motoristas, cobradores e servidores em greve pararam ontem a
região central de Campinas com
passeatas e protestos nas principais ruas e avenidas. O trânsito ficou lento e o congestionamento
atingiu 25 quilômetros, recorde na
cidade.
O recorde anterior era de 22 quilômetros e ocorreu em julho do
ano passado, durante a partida entre Brasil e Marrocos no Mundial
da França.
Segundo a Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de
Campinas), o recorde foi alcançado devido às manifestações de
condutores e de servidores em greve.
A média de trânsito lento da cidade em dias normais é de dois a
cinco quilômetros, de acordo com
a Emdec.
Às 7h de ontem, cerca de 800
condutores saíram da sede da Visca (Viação Santa Catarina), no
bairro Boa Vista, em direção ao
centro. Às 10h40, eles bloquearam
o cruzamento da rua General Osório com a avenida Francisco Glicério, onde permaneceram até as
15h50. Por causa da passeata, a rodovia Anhanguera também sofreu
congestionamentos pela manhã.
Cerca de 2.000 servidores públicos municipais, que completaram
ontem 30 dias de paralisação na
saúde e 15 em outras áreas, fizeram
um ato de protesto pelas ruas do
centro também.
Vestidos com roupas negras, eles
caminharam até o largo da Catedral e retornaram ao Paço Municipal por cerca de duas horas.
As categorias não chegaram a se
encontrar durante os protestos.
A Polícia Militar tentou convencer os grevistas a não bloquear as
ruas nem realizar passeatas em horários de pico, mas não conseguiu.
Segundo Sylvio Antonio Silva, da
diretoria de tráfego da Emdec, o
trânsito não sofreu um colapso ontem porque os grevistas não bloquearam avenidas do Rótula, sistema viário de anéis instalado em
1996 para fazer o trânsito fluir melhor na região central. "Como eles
fecharam a Glicério, conseguimos
desviar o tráfego todo daquela região e o trânsito não parou, só ficou lento", disse Silva.
Nos locais de bloqueio, os manifestantes só deixavam circular os
taxistas.
Para o presidente do Sindicato
dos Rodoviários de Campinas e
Região, Mário de Oliveira Santana,
a passeata e o bloqueio da Glicério
com a General Osório ocorreu para
forçar empresários e o poder público a encontrarem uma solução
para o impasse.
Cerca de 3.460 motoristas e cobradores estão parados há seis dias
reivindicando o pagamento de
dois meses de vales-refeição atrasados.
As empresas
Nº de empresas multadas: 5
Empresas atingidas:Urca, Tuca, Rápido Luxo, Visca e VBTU
Total de multas: R$ 17,1 mil
Maior valor de multa: R$ 4.800
Motivo das multas:quota mínima de ônibus por linha não cumprida
Empresas: alegam que vão recorrer de todas as penalidades, pois devem manter 30% da frota nas ruas
No Transporte
Nº de empresas: 6
Empresas atingidas: 5
Trabalhadores em greve: 3.460
Prejudicados: 350 mil
Cidade atingida: Campinas
O que pedem os motoristas e cobradores: pagamento dos vales-refeição de abril e maio passados
O que alegam as empresas: não ter dinheiro
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