Campinas, Quarta-feira, 13 de Outubro de 1999

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Procuradoria Geral vai acompanhar caso
Protesto lembra chacina em escola

da Folha Campinas

A Procuradoria Geral do Estado vai designar um promotor criminal para acompanhar as investigações sobre a chacina que deixou três estudantes mortos e sete feridos na escola estadual do Núcleo Habitacional Vida Nova, quarta-feira passada, em Campinas.
Ontem, pelo menos 300 pessoas participaram de uma passeata no bairro e de uma missa no pátio da escola. O ato foi batizado como "Movimento Contra a Violência e Pela Paz".
A Polícia Civil já apurou que o mandante da chacina na escola é Admilson Fagundes de Souza, que está foragido.
Até ontem às 20h30 nenhum dos quatro homens que invadiram a escola e atiraram nos estudantes havia siso preso.
Pelo menos 12 testemunhas já foram ouvidas.
A polícia acredita que o crime foi motivado pela invasão do barraco do acusado.
De acordo com a polícia, um dos estudantes que foram mortos na chacina, Leonardo Pereira de Souza Barbosa, 19, tinha invadido o barraco onde Souza vivia com a família, juntamente com outros estudantes da escola e amigos, para fazer ameaças.

Ato
A Associação de Moradores do Vida Nova definiu uma pauta de reivindicações para as autoridades públicas.
Os moradores pedem a retomada das rondas policiais, maior abertura da escola para comunidade, urbanização do bairro e construção de um posto policial permanente.
As famílias das vítimas da chacina, a Associação dos Moradores e as comissões de Direitos Humanos da Câmara e da Assembléia Legislativa, além de vários padres, lançaram ontem o "Movimento Contra a Violência e Pela Paz" em Campinas.


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