Campinas, Sexta-feira, 13 de Outubro de 2000

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ABASTECIMENTO
Essa foi a quarta apreensão na região em quatro meses
Apreendido combustível adulterado em Charqueada

DA FOLHA CAMPINAS

A Polícia Civil de Charqueada, região de Piracicaba (80 km de Campinas) localizou na manhã de ontem um novo ponto suspeito de adulteração de combustível.
Esta é a quarta apreensão na região nos últimos quatro meses.
Oito caminhões-tanque foram apreendidos e 11 pessoas foram detidas, segundo a polícia. Até o final da tarde de ontem, os integrantes da suposta quadrilha ainda prestavam depoimento.
A polícia não informou a quantidade de combustível apreendida, mas acredita que o material já estava adulterado e seria distribuído para postos da região de Campinas e Piracicaba.
A suspeita da polícia é que a quadrilha utilizava a empresa de produtos químicos Cebracon como fachada para as adulterações.
Ninguém da empresa foi localizado pela Folha ontem.
A Polícia Militar chegou ao local depois que um caminhoneiro pediu informações no centro da cidade para chegar até a empresa. Amostras do material foram colhidas e passarão por análise.
Se o crime ficar comprovado, as 11 pessoas detidas responderão por formação de quadrilha, crime contra o patrimônio- sonegação de ISS (Imposto Sobre Serviço)- além de adulteração de combustível.

Outros casos
No último mês, a Polícia Militar de Cosmópolis (36 km) apreendeu sete caminhões e 70 mil litros de gasolina, álcool e querosene.
De acordo com a polícia, a sede da transportadora Mário Lino de Souza ME, na zona rural de Cosmópolis, poderia estar sendo usada como local para o crime.
Ainda em setembro, a Procuradoria da República e a Polícia Militar de Piracicaba (80 km) apreenderam 122 mil litros de combustível adulterado em Rio das Pedras (95 km).
Doze homens foram presos, entre eles dois advogados e seis caminhoneiros da cidade.
No final de junho, a Polícia Civil de Campinas identificou um ponto de adulteração de combustível em Mogi Guaçu (66 km). No local, a polícia encontrou dois tanques com cerca de 30 mil litros de combustível. Os tanques estavam escondidos atrás de uma passagem secreta.
Até ontem, a ANP (Agência Nacional de Petróleo) não havia divulgado o resultado da análise do combustível apreendido. Os envolvidos responderão pelo adulteração apenas se ficar comprovado o crime.


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