|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CAMPINAS, 226
Fundação oficial foi em uma missa celebrada na igreja matriz
Pousada de tropeiro deu origem à vila de São Carlos
DA FOLHA CAMPINAS
A abertura dos caminhos para o
sertão de Goiás e Mato Grosso por
tropeiros foi o primeiro passo para a origem de Campinas.
Uma dessas trilhas, aberta entre
1721 e 1730, foi chamada de "caminho dos goiases".
Não demorou para que fosse
instalada uma pousada para descanso dos tropeiros entre as vilas
de Jundiaí e Mogi Mirim.
A pousada ficou conhecida como "Campinas do Mato Grosso",
por causa da formação de três pequenos "campinhos" em meio à
densa mata.
O povoamento efetivo começou
com a chegada de Francisco Barreto Leme, entre 1739 e 1744, de
Taubaté. Veio com sua família e
outros conterrâneos e se fixou em
algumas terras abandonadas.
Em 1767, 185 pessoas moravam
no bairro de Mato Grosso, segundo recenseamento. A economia
era baseada na agricultura de subsistência e os recursos disponíveis
eram mínimos.
Em 1722, foi solicitada licença
para a construção de uma capela
no local, devido à distância das
igrejas mais próximas, que ficavam em Jundiaí.
Sob pressões políticas, as autoridades eclesiásticas concederam,
em 1773, autorização para a construção de uma igreja matriz, em
vez de uma capela.
O ato significou a emancipação
religiosa de Campinas, embora a
vila continuasse a depender politicamente de Jundiaí.
Em maio de 1774, o governador
da Capitania de São Paulo, Morgado Mateus, outorgou a Barreto
Leme a fundação do núcleo.
No dia 14 de julho de 1774, em
uma capela provisória, foi celebrada a primeira missa pelo frei
Antônio de Pádua, primeiro vigário da nova paróquia. O dia ficou
definido como data oficial da fundação de Campinas.
O Distrito de Conceição de
Campinas foi criado em 1775. Em
1797, foi elevado à condição de vila, com o nome de vila de São Carlos, surgindo então o município
desmembrado de Jundiaí. Nesta
época, a vila possuía 2.107 habitantes e pouco mais de 400 casas.
A nome vila de São Carlos nunca prevaleceu junto à população e,
em 1842, a vila foi elevada à categoria de cidade com o nome, já
tradicional, de Campinas.
A economia foi marcada inicialmente pela lavoura canavieira e a
indústria açucareira, com uso de
mão-de-obra escrava.
A economia passou, de forma
gradual, da monocultura de açúcar para a monocultura cafeeira
no início do século 19.
Em 1830, o café já estava consolidado na região e, em 1854, havia
em Campinas 117 fazendas com a
produção anual de mais de 300
mil arrobas de café.
Em seguida, vieram os imigrantes europeus, substituindo, aos
poucos, a mão-de-obra escrava
nas fazendas e nas ferrovias. O
acúmulo de capital gerado pela
agricultura desenvolveu os setores de comércio e finanças.
Texto Anterior: Cidade produzia filmes e tinha cinemas para até 2.000 pessoas Próximo Texto: Positivistas fazem de Campinas um dos "berços" da República Índice
|