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Região pode ter epidemia de sarampo
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Pelo menos 17 (40%) dos 42
municípios sob a coordenação da
DIR-12 (Direção Regional de Saúde) de Campinas não atingiram a
meta mínima de 95% de vacinação contra sarampo, de acordo
com dados da DIR.
De janeiro até abril deste ano, a
média de cobertura de rotina foi
80% na região.
"Quando a meta de cobertura
não é atingida, aumenta o número de crianças suscetíveis à doença, podendo haver uma epidemia", disse a diretora da Vigilância Epidemiológica da DIR-12,
Maria Filomena Vilela.
A DIR espera reverter este quadro com a Campanha Nacional de
Vacinação contra o sarampo e a
poliomielite (paralisia infantil)
que acontece amanhã.
A estimativa da direção é que
100 mil crianças sejam vacinadas
contra o sarampo na região.
Campanha
A Secretaria da Saúde de Campinas recebeu 96 mil doses de vacina contra a poliomielite.
A coordenadora da área de
doenças transmissíveis da Covisa
(Coordenadoria de Vigilância e
Saúde Ambiental), Naoko Silveira, estima que pelo menos 79,4
mil crianças sejam vacinadas.
Na campanha contra o sarampo, a Covisa espera imunizar 95%
das 76 mil crianças em Campinas.
O Ministério da Saúde enviou
cerca de 76 mil doses da vacina
dupla viral (Sarampo e rubéola) e
5.100 doses contra o sarampo.
A vacina contra o sarampo deve
ser tomada por crianças entre nove meses e um ano. A dupla viral é
recomendada para crianças com
até cinco anos.
Epidemia
A DIR-12 quer evitar uma epidemia de sarampo na região como a que aconteceu em 97.
Os 42 municípios que compõem a direção acumularam
1.200 dos 42.000 casos da doença
registrados no Estado.
Só em Campinas, foram registrados 269 casos e duas mortes.
No ano passado houve apenas um
caso adulto e este ano Campinas
registrou um caso de uma criança
de dez meses.
Para Filomena, o fato de 40%
das cidades não atingirem a meta
de vacinação é preocupante. "Para evitar que o vírus volte a se manifestar é preciso que a cobertura
seja homogênea", afirmou.
Para cada 100 crianças vacinadas, apenas 95 são imunizadas.
Segundo Naoko, existe uma "janela" de 5% no número de crianças vacinadas que não conseguem
desenvolver os anticorpos na primeira dose. Esse percentual equivale ao número de crianças suscetíveis (não imunizadas) que, em
cinco anos, pode chegar a 16 mil.
"O índice de 80% de vacinação é
baixo. Corremos o risco de nova
epidemia", disse Naoko.
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