DA FOLHA CAMPINAS

A Vigilância Sanitária de Campinas interditou ontem a ala de internação do Hospital Álvaro Ribeiro. A informação é da assessoria de imprensa da prefeitura.
A interdição teve como base uma denúncia do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Campinas. O hospital possui cerca de 60 leitos, segundo o sindicato.
A categoria denunciou a existência de baratas, formigas e escorpiões no hospital, além de vazamentos e canos furados.
Ainda segundo a denúncia do sindicato, os extintores estão vencidos, e, há mais de um ano, não são feitas a análise da água servida aos pacientes e trabalhadores e a limpeza das caixas d'água.
O relatório do sindicato entregue à Vigilância também aponta a falta de medicamentos básicos para atendimento dos pacientes e materiais no centro cirúrgico.
"Não existe material de limpeza adequado e suficiente, e os funcionários chegaram a limpar o hospital somente com água", informa o documento do sindicato, assinado pelo presidente Edison Laércio de Oliveira.
A ala de internação só será liberada após a readequação do quadro de funcionários e da infra-estrutura do local, segundo a assessoria da prefeitura.
Os 80 funcionários do hospital completam, hoje, 12 dias em greve. A categoria e a direção do Hospital Álvaro Ribeiro devem tentar um acordo no Tribunal Regional do Trabalho hoje.
A Folha não localizou ontem a diretoria do hospital e o médico Renato Ono, um dos responsáveis pela negociação com a categoria em greve.


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