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Campinas, Quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2000
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SOB SUSPEITA Polícia investiga laboratório em Atibaia
RAQUEL LIMA free-lance para a Folha Campinas A Polícia Civil e a Vigilância Sanitária de Atibaia começam a investigar hoje as denúncias de possíveis irregularidades na Luma Indústria Farmacêutica Ltda. apresentadas ontem pelos 60 funcionários da empresa. As denúncias devem ser investigadas também pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Medicamentos, segundo o deputado federal Celso Russomano (PPB-SP). Entre as denúncias, estão a de falta de higiene, remarcação das datas de remédios que cuja validade estava próxima do vencimento e do nome do farmacêutico responsável e a reutilização de material químico. Segundo a Vigilância Sanitária de Atibaia, a empresa já chegou a ser interditada e recebeu mais de dez autos de infração no período de um ano por não seguir as normas que constam no "Manual de Boa Fabricação". A Luma tem 15 anos e produz 40 tipos de medicamentos, entre antibióticos, antitérmicos, diuréticos e vermífugos, que são vendidos para prefeituras dos municípios das regiões Norte e Nordeste e interior de São Paulo. De acordo com um funcionário que trabalha no controle de qualidade da empresa, o técnico em química Marcos Augusto da Silva, a Luma está fechada há pelo menos 15 dias. "No último dia 7 fomos informados pela farmacêutica responsável (Nídia Rodrigues de Paula Lima) que a empresa estava falida", disse Silva. Os funcionários afirmam que estiveram na 3ª Vara Judicial da cidade e constataram que não há nenhuma informação sobre a falência da empresa. O proprietário da Luma, Rubens Guimarães Jorge, negou as acusações e confirmou a falência da empresa. O Fórum de Atibaia informou que há 16 pedidos de falência e mais de 300 protestos de dívidas não pagas pela empresa. A falência da Luma não foi confirmada pelo Fórum ontem. Texto Anterior: Entenda o caso do IPTU de Campinas Próximo Texto: Outro lado: Proprietário nega acusações Índice |
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