Marcos Peron/Folha Imagem

Perueiros acorrentados durante protesto contra apreensão de veículos realizado ontem em frente ao Paço Municipal de Campinas

free-lance para a Folha Campinas

Quatorze perueiros intermunicipais da região de Campinas se acorrentaram e iniciaram ontem às 3h30 uma greve de fome para pressionar o prefeito Francisco Amaral (PPB) a interromper a apreensão de peruas irregulares.
Cerca de cem perueiros se concentraram ontem no Paço Municipal para acompanhar o movimento dos manifestantes.
Os perueiros tentaram se amarrar nas pilastras do saguão do prédio, mas foram impedidos pelos cerca de 30 guardas municipais que vigiavam o Palácio dos Jequitibás.
Segundo o presidente do STA (Sindicato do Transporte Alternativo), Márcio Ansel Chrisostomo, 29, que também participa da greve de fome, o protesto terminará quando a Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) interromper a fiscalização.
"Estamos em greve de fome total. Só vamos parar quando houver uma solução. Temos 32 veículos apreendidos pela Emdec e queremos falar com Chico Amaral", afirmou Chrisostomo.
O argumento dos perueiros é que o transporte intermunicipal, proibido por lei, gera cerca de 600 empregos.
O perueiro Cleiton Rodrigues, 19, se apresentou como voluntário para a greve de fome dos perueiros.
"Acho que esse protesto finalmente vai pôr na cabeça dos homens da prefeitura que só queremos trabalhar", disse Rodrigues.

Outro lado
O prefeito Chico Amaral declarou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que os manifestantes não serão atendidos.
Segundo ele, o transporte intermunicipal é irregular e a liberação traria complicações jurídicas ao Executivo.



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