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FUTEBOL
Motivo do pedido de demissão de vice-presidente foi a política de formação do time para o Campeonato Brasileiro
Dirigente do Guarani pede demissão
LUCIANO CALAFIORI
DA FOLHA CAMPINAS
O vice-presidente de futebol do
Guarani, André Ciarelli, pediu demissão ontem. Para a sua vaga, o
presidente José Luiz Lourencetti
criou o cargo de diretor de futebol
remunerado, mas sem poder de
decisão em relação a contratações
e dispensas.
Ciarelli tinha o poder junto com
outros dirigentes de elaborar lista
de contratações e dispensa de jogadores.
O diretor terá a função de ser o
elo entre o time e a diretoria. "Vou
ser o porta voz", disse Barbieri, o
novo diretor remunerado. Barbieri jogou cinco anos no clube e
foi auxiliar técnico do ex-técnico
Carbone.
Ciarelli deixou o clube depois de
uma semana de intrigas provocadas pela política de formar o time
do Campeonato Brasileiro com os
jogadores da base do Campeonato Paulista deste ano e com outros
atletas menos conhecidos.
Nesta semana chegou no clube
o meia japonês Yuamoto, o atacante Marco Aurélio, ex-Corinthians e outros atletas menos conhecidos.
Para Ciarelli, o clube só poderá
contratar jogadores renomados
se vender algum dos seus atletas.
Há um mês, o meia Renatinho
chegou a ser pretendido pelo Vitória-BA, mas não houve um proposta oficial.
O clube vive uma crise financeira e o salários dos jogadores estão
atrasados desde o dia 10.
Para quitar o débito, valor não
divulgado, o Guarani busca um
empréstimo bancário e uma antecipação de cotas de TV do Brasileiro com o Clube dos 13.
"Só conseguimos pagar o salário dos funcionários do clube",
afirmou o presidente do Guarani.
A folha de pagamentos de atletas e
funcionários gira em torno dos
R$ 600 mil.
Dois motivos levaram o clube a
ficar sem dinheiro em caixa.
O primeiro, o pagamento de
FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço), de jogadores
como o do zagueiro Sorlei, dispensado há um mês. Ele vai receber R$ 100 mil.
O fato de o clube ter sido desclassificado do Paulista antes da
fase final também influenciou.
Sem jogos, não há receita, de
acordo com a diretoria. O clube
também não tem patrocínio.
O Guarani deve contratar um
centroavante na próxima semana. Lourencetti não quis revelar o
nome do jogador já contatado. Ele
só adiantou não ser um atacante
"caro".
"Não temos caixa para contratar um jogador com salário acima
de R$ 100 mil. Temos de ter um
bom jogador de acordo com o teto salarial", disse.
Até ontem a principal contratação efetuada pelo Guarani foi do
atacante Renato, do União Agrícola Barbarense.
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