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FÁBIO SOARES
Doce lar
Nem só de glórias caseiras
se sustenta uma boa campanha. A tese é válida somente
quando se trata de um campeonato com turno e returno, sem
finais. No atual Brasileiro, pode
ser o caminho das pedras, por
enquanto bem percorrido pela
Ponte Preta, que fez do Moisés
Lucarelli até agora uma La
Bombonera "caipira".
O desempenho da Ponte em
Campinas até agora beira a perfeição. São cinco vitórias, um
empate, 16 dos 18 pontos ganhos, três gols em todas as partidas, saldo de dez a favor. Fora,
são três derrotas, dois empates,
dez gols sofridos, saldo de cinco
contra.
O aproveitamento em casa só
não é 100% porque a equipe sofreu dois gols no finalzinho do
jogo contra o São Paulo, quando vencia por 3 a 1. De resto, vitimou América (3 x 1), Gama (3 x 0), Atlético- MG (3 x 2), Vitória (3 x 1) e Lusa (3 x 1).
Segundo a assessoria do Clube
dos 13 -mentor intelectual da
Copa João Havelange- não há
cláusulas no regulamento limitando a capacidade do estádio-sede das partidas finais, como
sempre acontece.
Como 12 clubes passam à segunda fase, é só manter a toada
e depois se garantir em Campinas no mata-mata. Difícil é crer
na cartolagem permitindo uma
decisão no estádio da Ponte.
"De acordo com o regulamento, não há nada que impeça,
mas o caso pode ser analisado
mais para a frente. Os finalistas
não vão querer decidir o título
em um estádio pequeno." A frase de um assessor do Clube dos
13 não carece de legenda.
De qualquer forma, não vejo a
Ponte indo tão longe. Não é esse
o caso. O importante é discutir
logo a possibilidade de um clube
perder no momento decisivo do
campeonato, provavelmente de
forma arbitrária, seu principal
trunfo durante a competição.
Santista que sou, advogo também em causa própria.
E-mail fluiz@folhasp.com.br
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