Campinas, Domingo, 24 de Setembro de 2000

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Proximidade de centro nem sempre é atrativa, diz professor

DA REDAÇÃO

Uma infra-estrutura física e tecnologicamente favorável nem sempre é fator preponderante para que uma empresa se defina pela instalação em uma cidade que ofereça tais condições.
A opinião é do economista e professor do departamento de engenharia de produção da UFSCar, Francisco José da Costa Alves, principalmente em relação à região de São Carlos.
Segundo ele, a proximidade com um pólo tecnológico, em alguns casos, não é primordial. "A Embraer em Gavião Peixoto, por exemplo, não veio porque estaria próxima da USP ou da UFSCar. Os motivos que teriam levado à vinda foram os incentivos concedidos pelo Estado e prefeitura e o fraco movimento sindical existente na região. Também é o caso da Volkswagen para São Carlos."
Para Alves, na maioria das vezes, especialmente nos casos envolvendo multinacionais, as empresas trazem a tecnologia de fora. "É como o Cinema Novo, não adianta ter uma idéia na cabeça se não há como colocá-la em prática. Não se cria uma empresa apenas com tecnologia, é preciso ter capital. Se ela tem dinheiro, pode desenvolver a tecnologia em qualquer lugar do mundo."
Ele afirmou que, em Campinas e em São José, a situação pode ser vista de outra forma. "A região de Campinas já é metropolitana. E, em São José, a política desenvolvimentista dos anos 70 deu certo em longo prazo." (KO)

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