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Proximidade de centro nem
sempre é atrativa, diz professor
DA REDAÇÃO
Uma infra-estrutura física e tecnologicamente favorável nem
sempre é fator preponderante para que uma empresa se defina pela instalação em uma cidade que
ofereça tais condições.
A opinião é do economista e
professor do departamento de engenharia de produção da UFSCar,
Francisco José da Costa Alves,
principalmente em relação à região de São Carlos.
Segundo ele, a proximidade
com um pólo tecnológico, em alguns casos, não é primordial. "A
Embraer em Gavião Peixoto, por
exemplo, não veio porque estaria
próxima da USP ou da UFSCar.
Os motivos que teriam levado à
vinda foram os incentivos concedidos pelo Estado e prefeitura e o
fraco movimento sindical existente na região. Também é o caso
da Volkswagen para São Carlos."
Para Alves, na maioria das vezes, especialmente nos casos envolvendo multinacionais, as empresas trazem a tecnologia de fora. "É como o Cinema Novo, não
adianta ter uma idéia na cabeça se
não há como colocá-la em prática.
Não se cria uma empresa apenas
com tecnologia, é preciso ter capital. Se ela tem dinheiro, pode desenvolver a tecnologia em qualquer lugar do mundo."
Ele afirmou que, em Campinas
e em São José, a situação pode ser
vista de outra forma. "A região de
Campinas já é metropolitana. E,
em São José, a política desenvolvimentista dos anos 70 deu certo
em longo prazo."
(KO)
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