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Candidato à reeleição,
Haddad é investigado
DA FOLHA CAMPINAS
O atual prefeito e candidato à
reeleição em Jundiaí (36 km de
Campinas), Miguel Haddad
(PSDB), é alvo de uma série de denúncias investigadas pelo Ministério Público e pela Justiça da cidade.
Haddad alega que as acusações
não possuem fundamento e não
passam de perseguição política,
mas seus adversários prometem
usar as denúncias durante a campanha eleitoral.
Entre as suspeitas contra Haddad estão supostas irregularidades na privatização do DAE (Departamento de Água e Esgoto).
Há também acusações envolvendo a TV Educativa local, lacrada há uma semana.
O Ministério Público denunciou a prefeitura por operar ilegalmente a TVE em UHF durante
um ano. A emissora só tem autorização para operar no sistema a
cabo, em transmissão fechada e
como canal comunitário.
De acordo com a denúncia, a
TVE teria divulgado programas
político-partidários.
Na Câmara Municipal, já houve
uma tentativa de instalação de
CEI (Comissão Especial de Inquérito), mas a base do prefeito barrou a iniciativa da oposição.
No Ministério Público e no TCE
(Tribunal de Contas do Estado),
entretanto, as investigações e análises técnicas prosseguem.
No início deste mês, o TCE
apontou o recebimento irregular
de R$ 72 mil por parte do prefeito
em 97. O Ministério Público pode
obrigá-lo a devolver o dinheiro.
Haddad recebe R$ 12 mil mensalmente (entre subsídio e verba
de representação). Segundo o
TCE, o salário deve ser de R$
6.000, para não superar o dos deputados estaduais.
Outro lado
O prefeito não fala sobre a campanha eleitoral e, por meio de sua
assessoria de imprensa, alega que
a disputa ainda não começou.
Em relação às denúncias, informa que "todos os esclarecimentos
vão continuar sendo feitos".
O secretário das Finanças de
Jundiaí, Wilson Roberto Engholm, desmentiu irregularidades na privatização do DAE.
Em relação à TV Educativa, a
Prefeitura de Jundiaí alegou, na
época da denúncia, que todos os
esclarecimentos foram encaminhados à Promotoria.
O secretário das Finanças também rebateu a acusação de irregularidade no recebimento de R$ 72
mil pelo prefeito.
Segundo ele, os auditores do
TCE interpretaram mal o texto da
lei e não entenderam a diferença
entre honorário e subsídio.
O engenheiro Pedro Bigardi
(PT), candidato de oposição a
Haddad faz críticas. "É uma das
administrações mais fracas dos
últimos anos", disse Bigardi.
O petista disse que durante a
campanha promete apresentar
propostas para a área de segurança e geração de emprego, mas garante que não vai esquecer os
questionamentos à atual administração. "Ele (Haddad) administra
mais em razão de grupos do que
da cidade", disse.
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