Campinas, Domingo, 25 de Junho de 2000


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Candidato à reeleição, Haddad é investigado

DA FOLHA CAMPINAS

O atual prefeito e candidato à reeleição em Jundiaí (36 km de Campinas), Miguel Haddad (PSDB), é alvo de uma série de denúncias investigadas pelo Ministério Público e pela Justiça da cidade.
Haddad alega que as acusações não possuem fundamento e não passam de perseguição política, mas seus adversários prometem usar as denúncias durante a campanha eleitoral.
Entre as suspeitas contra Haddad estão supostas irregularidades na privatização do DAE (Departamento de Água e Esgoto).
Há também acusações envolvendo a TV Educativa local, lacrada há uma semana.
O Ministério Público denunciou a prefeitura por operar ilegalmente a TVE em UHF durante um ano. A emissora só tem autorização para operar no sistema a cabo, em transmissão fechada e como canal comunitário.
De acordo com a denúncia, a TVE teria divulgado programas político-partidários.
Na Câmara Municipal, já houve uma tentativa de instalação de CEI (Comissão Especial de Inquérito), mas a base do prefeito barrou a iniciativa da oposição.
No Ministério Público e no TCE (Tribunal de Contas do Estado), entretanto, as investigações e análises técnicas prosseguem.
No início deste mês, o TCE apontou o recebimento irregular de R$ 72 mil por parte do prefeito em 97. O Ministério Público pode obrigá-lo a devolver o dinheiro.
Haddad recebe R$ 12 mil mensalmente (entre subsídio e verba de representação). Segundo o TCE, o salário deve ser de R$ 6.000, para não superar o dos deputados estaduais.

Outro lado
O prefeito não fala sobre a campanha eleitoral e, por meio de sua assessoria de imprensa, alega que a disputa ainda não começou.
Em relação às denúncias, informa que "todos os esclarecimentos vão continuar sendo feitos".
O secretário das Finanças de Jundiaí, Wilson Roberto Engholm, desmentiu irregularidades na privatização do DAE.
Em relação à TV Educativa, a Prefeitura de Jundiaí alegou, na época da denúncia, que todos os esclarecimentos foram encaminhados à Promotoria.
O secretário das Finanças também rebateu a acusação de irregularidade no recebimento de R$ 72 mil pelo prefeito.
Segundo ele, os auditores do TCE interpretaram mal o texto da lei e não entenderam a diferença entre honorário e subsídio.
O engenheiro Pedro Bigardi (PT), candidato de oposição a Haddad faz críticas. "É uma das administrações mais fracas dos últimos anos", disse Bigardi.
O petista disse que durante a campanha promete apresentar propostas para a área de segurança e geração de emprego, mas garante que não vai esquecer os questionamentos à atual administração. "Ele (Haddad) administra mais em razão de grupos do que da cidade", disse.


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