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SAÚDE
Versão campineira de projeto do governo federal começa em março em dois novos centros de saúde da cidade
PT implanta programa de médico em casa
DA FOLHA CAMPINAS
O projeto "Médico de Família"
vai começar a ser implantado em
Campinas a partir do dia 21 de
março, quando serão inaugurados dois novos centros de saúde
na cidade.
As unidades Carvalho de Moura, na região sul, e Vida Nova, na
região sudoeste, vão funcionar
como modelo do que a secretaria
está chamando de "versão campineira" do projeto do governo federal no qual médicos visitam pacientes em casa.
O projeto consiste em montar
equipes de saúde responsáveis pelo atendimento de cerca de 700 famílias. Cada equipe contará com
dez profissionais.
Até o próximo mês de junho, o
projeto deverá ser implantado em
outros 18 centros de saúde. Campinas tem hoje 44 unidades.
"Quando os 46 centros adotarem o projeto, o SUS (Sistema
Único de Saúde) vai repassar R$ 3
milhões a mais para a cidade. O
valor será investido integralmente
na rede", disse ontem o secretário
da Saúde de Campinas, Gastão
Wagner de Souza Campos.
Atualmente, Campinas recebe
por mês R$ 5,8 milhões, mas apenas R$ 1,6 milhão são aplicados na
rede. "O restante é gasto com convênios", disse Campos.
A prioridade para a implantação do projeto será para as regiões
do Ouro Verde, Anchieta, São José, São Marcos e Santa Mônica,
segundo o secretário. "São áreas
mais carentes", disse.
No governo do ex-prefeito José
Roberto Magalhães Teixeira
(PSDB), morto em fevereiro de
96, foram utilizadas duas equipes
médicas que visitavam os pacientes da periferia.
Os moradores das regiões das
duas novas unidades já começaram a ser cadastradas.
As obras da unidade Carvalho
Moura custaram R$ 252 mil e foram pagas integralmente pelo
SUS. O sistema financiou também R$ 130 mil dos R$ 298 mil das
obras da outra unidade.
O objetivo da secretaria é "humanizar" a atendimento médico
na cidade.
"Desta forma também vamos
diminuir a procura nos pronto
atendimentos, que deverão ficar
apenas com os casos de urgência e
emergência", disse.
Remanejamento
O secretário informou que faz
um levantamento para apurar o
déficit de médicos nos centros de
saúde. O estudo deve ser concluídos dentro de 15 dias.
"Vamos fazer uma remanejamento de médicos para as áreas
periféricas. Quem aceitar vai receber uma gratificação que pode aumentar em até um terço o salário", disse ontem o secretário da
Saúde de Campinas.
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