Campinas, Sexta-feira, 26 de Janeiro de 2001

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SAÚDE
Versão campineira de projeto do governo federal começa em março em dois novos centros de saúde da cidade
PT implanta programa de médico em casa

DA FOLHA CAMPINAS

O projeto "Médico de Família" vai começar a ser implantado em Campinas a partir do dia 21 de março, quando serão inaugurados dois novos centros de saúde na cidade.
As unidades Carvalho de Moura, na região sul, e Vida Nova, na região sudoeste, vão funcionar como modelo do que a secretaria está chamando de "versão campineira" do projeto do governo federal no qual médicos visitam pacientes em casa.
O projeto consiste em montar equipes de saúde responsáveis pelo atendimento de cerca de 700 famílias. Cada equipe contará com dez profissionais.
Até o próximo mês de junho, o projeto deverá ser implantado em outros 18 centros de saúde. Campinas tem hoje 44 unidades.
"Quando os 46 centros adotarem o projeto, o SUS (Sistema Único de Saúde) vai repassar R$ 3 milhões a mais para a cidade. O valor será investido integralmente na rede", disse ontem o secretário da Saúde de Campinas, Gastão Wagner de Souza Campos.
Atualmente, Campinas recebe por mês R$ 5,8 milhões, mas apenas R$ 1,6 milhão são aplicados na rede. "O restante é gasto com convênios", disse Campos.
A prioridade para a implantação do projeto será para as regiões do Ouro Verde, Anchieta, São José, São Marcos e Santa Mônica, segundo o secretário. "São áreas mais carentes", disse.
No governo do ex-prefeito José Roberto Magalhães Teixeira (PSDB), morto em fevereiro de 96, foram utilizadas duas equipes médicas que visitavam os pacientes da periferia.
Os moradores das regiões das duas novas unidades já começaram a ser cadastradas.
As obras da unidade Carvalho Moura custaram R$ 252 mil e foram pagas integralmente pelo SUS. O sistema financiou também R$ 130 mil dos R$ 298 mil das obras da outra unidade.
O objetivo da secretaria é "humanizar" a atendimento médico na cidade.
"Desta forma também vamos diminuir a procura nos pronto atendimentos, que deverão ficar apenas com os casos de urgência e emergência", disse.

Remanejamento
O secretário informou que faz um levantamento para apurar o déficit de médicos nos centros de saúde. O estudo deve ser concluídos dentro de 15 dias.
"Vamos fazer uma remanejamento de médicos para as áreas periféricas. Quem aceitar vai receber uma gratificação que pode aumentar em até um terço o salário", disse ontem o secretário da Saúde de Campinas.


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