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Justiça determina que prefeitura
regularize Delta 1 até segunda
ROGER MARZOCHI
free-lance para a Folha Campinas
O juiz da 4ª Vara Cível de Campinas, Richard Paulro Pae Kim, determinou ontem que o prefeito
Francisco Amaral (PPB) apresente
projetos concretos para resolver as
irregularidades ambientais existentes no aterro sanitário Delta 1.
O prazo para a apresentação é até
a próxima segunda-feira. O juiz já
havia determinado a mesma medida em 26 de novembro do ano passado. Por isso, caso o prefeito não
cumpra a determinação no prazo
indicado, será enquadrado em crime de responsabilidade, previsto
no artigo 1º, inciso 14, do Decreto
Lei 201, de fevereiro de 1967.
Segundo o advogado Roberto
Telles Sampaio, em caso de irregularidades administrativas e falta de
cumprimento de decisões judiciais, a Justiça, em primeira instância, pode determinar a cassação do
mandato do prefeito. "A prefeitura
pode recorrer dessa decisão em segunda instância. O judiciário pode
aplicar crimes de responsabilidade
quando a conduta do administrador é mais grave e deixa de cumprir determinações judiciais."
Segundo a diretora de serviço do
Cartório da 4ª Vara Cível, Luci de
Oliveira Pinto, o oficial de Justiça
entregou a intimação às 15h40 ao
secretário dos Negócios Jurídicos,
Rubens Andrade Noronha.
Na intimação, o juiz determinou
o cumprimento da determinação
em 24h, porém, como hoje não há
expediente, o prazo se encerra às
15h40 de segunda-feira.
Assessoria
A assessoria de imprensa da prefeitura confirmou a entrega da intimação. Segundo a assessoria, o
procurador-geral, Antonio Caria
Neto, está estudando as medidas
que a prefeitura vai tomar.
O DLU (Departamento de Limpeza Urbana), responsável pela
manutenção do aterro Delta 1, só
vai se pronunciar após a posse oficial da nova secretária de Obras,
Adriana Isenburg Giacomini, que
acontece hoje. O prefeito, que estava em Goiânia ontem, não foi encontrado pela assessoria.
O juiz determinou que a prefeitura reative a recirculação do chorume (líquido resultante da decomposição do lixo), apresente estudos
de estabilidade do talude (cobertura feita sobre o lixo acumulado para evitar vazamento) e outras medidas, como o tratamento do gás
produzido por materiais em decomposição.
O processo teve como base a ação
civil pública movida pelo promotor do meio ambiente, José Roberto Carvalho Albejante, no segundo
semestre do ano passado.
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