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ADMINISTRAÇÃO
Cortes quer transformar cargo comissionado de Campinas em regular; projeto será enviado à Câmara
Secretário planeja política de carreira
RAQUEL LIMA
DA FOLHA CAMPINAS
O secretário dos Recursos Humanos de Campinas, Jonival Ferreira Cortes, quer transformar os
163 cargos de coordenador e os
332 cargos de chefia de setor, todos em comissão, em cargos regulares -a trajetória seria por
meio de política de carreira.
Cortes pretende, com essa medida, diminuir de 6% para 2% o
crescimento vegetativo da folha
de pagamento dos 14.417 servidores da prefeitura.
A folha hoje gira em torno de R$
22 milhões, segundo o secretário.
O projeto de reforma administrativa da prefeitura deverá ser
enviado à Câmara Municipal até o
mês de setembro.
Atualmente, os 495 cargos em
comissão podem ser ocupados
tanto por servidores como por
não-concursados.
Depois de cinco anos em cargo
de comissão, o servidor tem o valor que recebe a mais pela função
incorporado ao seu salário.
"É isso que faz a gordura da folha da prefeitura", disse Cortes.
O secretário afirmou que a intenção é manter apenas 150 cargos em comissão para os assessores. "E podemos diminuir ainda
mais e chegar a 90", disse.
Até o último dia 23, o prefeito
Antonio da Costa Santos (PT) havia realizado 37 nomeações de
quem não realizou concurso público, segundo informou Cortes.
Os 21 secretários também estão
em cargos de confiança.
O secretário pretende implantar
a reforma administrativa até a
metade do próximo ano.
"Não há intenção de corte do
quadro funcional. O que será feito
é uma racionalização", disse Cortes à Folha.
O secretário de Campinas disse
ainda que os funcionários temporários representam apenas 5% do
volume de trabalhadores.
Retorno
Cortes afirmou também que
pretende trazer de volta para a
prefeitura, até a primeira quinzena de fevereiro, a metade dos 258
funcionários emprestados para
outros órgãos públicos, como outras prefeituras e a Câmara.
Segundo ele, a Prefeitura de
Campinas paga o salário de pelo
menos 70% desse grupo.
Cortes disse que ainda não havia feito o levantamento do valor
gasto pela prefeitura com o salário desses servidores.
"O problema é que não podemos preencher essas vagas, que,
para nós, estão vagas", disse.
"Há alguns casos que é interessante para a prefeitura manter,
como alguns médicos que trabalham na Unicamp (Universidade
Estadual de Campinas), porque
prestam serviços essenciais à população", afirmou Cortes.
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