Campinas, Domingo, 28 de Janeiro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ADMINISTRAÇÃO
Cortes quer transformar cargo comissionado de Campinas em regular; projeto será enviado à Câmara
Secretário planeja política de carreira

RAQUEL LIMA
DA FOLHA CAMPINAS

O secretário dos Recursos Humanos de Campinas, Jonival Ferreira Cortes, quer transformar os 163 cargos de coordenador e os 332 cargos de chefia de setor, todos em comissão, em cargos regulares -a trajetória seria por meio de política de carreira.
Cortes pretende, com essa medida, diminuir de 6% para 2% o crescimento vegetativo da folha de pagamento dos 14.417 servidores da prefeitura.
A folha hoje gira em torno de R$ 22 milhões, segundo o secretário.
O projeto de reforma administrativa da prefeitura deverá ser enviado à Câmara Municipal até o mês de setembro.
Atualmente, os 495 cargos em comissão podem ser ocupados tanto por servidores como por não-concursados.
Depois de cinco anos em cargo de comissão, o servidor tem o valor que recebe a mais pela função incorporado ao seu salário.
"É isso que faz a gordura da folha da prefeitura", disse Cortes.
O secretário afirmou que a intenção é manter apenas 150 cargos em comissão para os assessores. "E podemos diminuir ainda mais e chegar a 90", disse.
Até o último dia 23, o prefeito Antonio da Costa Santos (PT) havia realizado 37 nomeações de quem não realizou concurso público, segundo informou Cortes.
Os 21 secretários também estão em cargos de confiança.
O secretário pretende implantar a reforma administrativa até a metade do próximo ano.
"Não há intenção de corte do quadro funcional. O que será feito é uma racionalização", disse Cortes à Folha.
O secretário de Campinas disse ainda que os funcionários temporários representam apenas 5% do volume de trabalhadores.

Retorno
Cortes afirmou também que pretende trazer de volta para a prefeitura, até a primeira quinzena de fevereiro, a metade dos 258 funcionários emprestados para outros órgãos públicos, como outras prefeituras e a Câmara.
Segundo ele, a Prefeitura de Campinas paga o salário de pelo menos 70% desse grupo.
Cortes disse que ainda não havia feito o levantamento do valor gasto pela prefeitura com o salário desses servidores.
"O problema é que não podemos preencher essas vagas, que, para nós, estão vagas", disse.
"Há alguns casos que é interessante para a prefeitura manter, como alguns médicos que trabalham na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), porque prestam serviços essenciais à população", afirmou Cortes.


Texto Anterior: Empresa sofre duas falências
Próximo Texto: Secretário quer apenas 5% de temporários
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.