DIOGO PINHEIRO
DA FOLHA CAMPINAS

A FPF (Federação Paulista de Futebol) cobra R$ 1 a mais por ingresso dos clubes que não conseguem atingir a cota mínima de público no Campeonato Paulista.
O valor pago pelos clubes à entidade é R$ 6, contra R$ 5 cobrado dos torcedores nas bilheterias dos estádios.
De acordo com o regulamento da FPF, o clube que não conseguir levar um público mínimo ao estádio nos jogos em casa tem de pagar a diferença à federação.
Ponte Preta e Guarani são obrigados a ter 10 mil torcedores por partida em Campinas.
Mogi Mirim, Rio Branco, Barbarense, Inter de Limeira e União São João são obrigados a ter 7.000 torcedores nos jogos em casa.
A renda de todas as partidas do Campeonato Paulista é revertida para a FPF que, em troca, paga as cotas por jogo -R$ 150 mil para Ponte e Guarani e R$ 60 mil para Mogi Mirim, União, Barbarense, Inter e Rio Branco.

Alternativa
Dois times da região estão buscando alternativas para alcançar a cota mínima de torcedores exigida por partida e aumentar o público nos estádios.
O Rio Branco, de Americana, vai promover o sorteio de um carro por jogo disputado em casa para atrair torcedores ao estádio Décio Vitta. Com uma média de 2.000 pessoas por partida em Americana, o vice-presidente administrativo do clube, Celso Santini, acha difícil alcançar a meta.
"Tirando os jogos com os times grandes da capital, vai ser difícil ter 7.000 torcedores no estádio."
Para o dirigente, o Rio Branco não está sendo prejudicado pela exigência da FPF. "Por um lado, temos que nos virar para conseguir público, mas sem a cota oferecida pela federação, seria difícil manter o time", disse Santini.
Para iniciar a promoção, o Rio Branco ainda precisa da autorização da Caixa Econômica Federal, segundo Santini.
"Para o jogo contra o São Paulo (hoje), ainda não será possível fazer a promoção, mas para a partida contra a Matonense, no próximo dia 11, deve estar tudo acertado", disse Santini.
O Rio Branco vai atuar sete vezes em Americana durante a competição estadual.
A Inter de Limeira está tentando uma parceria com farmacêuticos e donos de supermercados da cidade para que os ingressos sejam distribuídos nesses estabelecimentos.
Segundo o diretor de marketing da Inter, José Roberto Soares, o clube ainda precisa da permissão da FPF para fechar o acordo.
"Primeiro, vamos pedir a autorização da federação. Caso seja aprovada, os comerciantes podem ceder os ingressos para os consumidores, que vão poder ir aos jogos", disse Soares.
Para o dirigente, só é possível manter uma média de público de 7.000 torcedores se a Inter fizer uma boa campanha.
O clube joga nove vezes em Limeira pelo Campeonato Paulista.


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