Campinas, Sábado, 28 de agosto de 1999 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice CASO ALBA Ele é acusado de ter mandado matar a mulher e vai esperar recurso em liberdade Dentista é condenado a 19 anos
RICARDO BRANDT free-lance para a Folha Campinas A Justiça de Campinas condenou, na madrugada de ontem, o dentista Paulo de Figueiredo Júnior a 19 anos de prisão em regime fechado. Ele foi acusado de mandar assassinar, há 12 anos, sua mulher, a dentista Alba Lucínia Panza de Figueiredo, cujo corpo ainda não foi encontrado. Alba desapareceu em fevereiro de 87 na rodovia Anhanguera, quando viajava com o marido. Figueiredo afirmou na época que a mulher havia sido sequestrada por dois homens. Os advogados de defesa do réu, Tales Castelo Branco e Fernando Castelo Branco, recorrerão da sentença no TJ (Tribunal de Justiça). Liberdade Figueiredo ficará em liberdade enquanto aguarda a decisão do TJ, que pode demorar até dois anos. A defesa vai tentar anular a sentença, sob a alegação de falta de provas. "Sem o corpo não há prova do crime", argumentou Tales Castelo Branco. O promotor Ricardo José Gasques de Almeida Silvares, entretanto, afirmou que a falta do corpo não prova a inexistência do crime. Segundo a acusação, o réu era beneficiário de um seguro de vida de Alba. Para a acusação, a mulher também tinha descoberto a suposta participação do marido em "golpes" de seguros de veículos. Pela sentença, Figueiredo teria cometido o crime, interessado no dinheiro do seguro de vida feito pela mulher. Condenações Outras duas pessoas já foram condenadas pelo crime e um quarto participante está foragido. Diógenes Martinez, foi condenado a 17 anos de prisão, acusado de ser o autor, e Diva Carreto foi condenada a oito anos de prisão, como intermediária. O julgamento durou 46 horas, em três dias. O juiz José Rodrigues Torres disse que foi um dos julgamentos mais longos do Fórum de Campinas. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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