Campinas, Domingo, 28 de Novembro de 1999


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EDUCAÇÃO
Projeto é feito na Internet, em parceira com o Ministério do Meio Ambiente
Fundação ensina biodiversidade

Veronica Campos/Folha Imagem
Dora Ann Lange Canhos, na Fundação André Tosello, que está criando uma uma rede de informação


free-lance para a Folha Campinas

A Fundação André Tosello, de Campinas, está criando uma rede de informação sobre biodiversidade (diversidade de espécies) com a divulgação de dados pela Internet.
Em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, a entidade coordena o projeto da BINbr (Biodiversity Information Network Brazil), a rede brasileira de informação em biodiversidade.
O objetivo do projeto da BINbr é dotar governo e sociedade com informações que levem ao estabelecimento de prioridades e à execução de atividades que conduzam à preservação ambiental.
De acordo com a coordenadora do projeto, Dora Ann Lange Canhos, 45, há falta de informação e conscientização sobre as questões ambientais.
"Se você compreender a biodiversidade, vai passar a cuidar dela", afirmou.
Como exemplo, Dora cita a pesca predatória. "Não basta que as autoridades competentes multem os praticantes da pesca predatória. Se a população entender o processo de desova dos peixes, não vai mais pescar", disse.
Ela disse que a deterioração do meio ambiente está ocorrendo principalmente por falta de informação das pessoas.
"É preciso educar a comunidade para que a preservação seja feita", afirmou Dora.

Parceria
Para tornar as informações ambientais utilizáveis nas salas de aula, a Fundação André Tosello está desenvolvendo um projeto em parceria com a Escola Comunitária de Campinas.
O objetivo do projeto, denominado "A Interface Ciência e Educação Como Caminho para a Cidadania", é capacitar professores para que as questões ambientais sejam trabalhadas em sala de aula com os alunos.
Coordenado pela bióloga Lúcia Helena Manzochi, 35, o projeto está sendo aplicado a 22 professores dos ensinos infantil, fundamental e médio, de diferentes disciplinas escolares.
Segundo ela, o projeto de capacitação de docentes desenvolvido na Escola Comunitária de Campinas é piloto e deve ser estendido, a partir de 2000, às redes municipal e estadual de ensino da cidade.
"Vamos realizar um seminário no próximo ano e apresentar a proposta para as secretarias municipal e estadual da Educação", afirmou Lúcia.
Para a coordenadora do centro de estudos da Escola Comunitária, Sônia Maria Losita, 50, o projeto mostrou a existência de defasagem no ensino das questões ambientais e foi aprovado.
Os interessados podem acessar o site da fundação na Internet que é www.binbr.org.br.
(ANA PAULA SCINOCCA)


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