da Folha Campinas

O comércio de Campinas registrou um aumento de 2% nas vendas de véspera de Natal (entre os dias 21 e 24) deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas).
O cálculo foi feito a partir do número de consultas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) nesse período.
De acordo com a Acic, na semana de Natal deste ano foram feitas 69.178 consultas ao SCPC. Nesse período, o pico de vendas ocorreu no dia 21, com 18.376 avaliações.
Já no ano passado, os lojistas fizeram 67.797 consultas ao serviço de proteção ao crédito entre os dias 21 e 24 e o pico de vendas foi no dia 23, com 20.600 avaliações do SCPC.
De acordo com o economista da Acic, Laerte Martins, as vendas de Natal deste ano tiveram uma recuperação apenas na última semana.
"O balanço do mês ainda não foi fechado, mas já percebemos que, no geral, as vendas em dezembro deste ano caíram em relação ao mesmo período de 97", disse.
Segundo ele, a média diária de consultas ao SCPC neste ano foi de 14 mil. No ano passado, a média de avaliações por dia ficou em 15 mil.
"Possivelmente, ao fecharmos o balanço deste mês vamos avaliar uma queda nas vendas em relação ao ano passado", disse.
Entretanto, Martins afirmou que os lojistas tiveram uma margem de lucro maior na semana do Natal deste ano em relação a 97.
"O faturamento deste ano ficou entre 3% e 4% maior que 97", disse o economista.

Vendas à vista
Outro ponto positivo nas vendas de Natal deste ano, segundo Martins, foi o aumento de cerca de 12% das vendas à vista.
Neste ano, foram feitas 92.800 consultas para cheques à vista. "As consultas no serviço de proteção ao crédito a prazo ainda são maiores -cerca de 180 mil- mas houve um crescimento significativo das vendas à vista", disse.
De acordo com ele, o crescimento das vendas à vista aconteceu por causa dos altos juros e também para evitar a inadimplência.
"Notamos que neste ano houve uma queda de 0,8% na inadimplência dos consumidores em relação ao ano passado", disse.
De acordo com a projeção da Acic, neste ano serão 122.811 inadimplentes, contra 123.798 em 1997. Segundo Martins, o dado é positivo se comparado com 96, quando o índice de calote teve um crescimento de 52,1%.
"Acredito que neste ano os consumidores tiveram maior preocupação em limpar o nome que comprar, por isso, houve esse reflexo na economia local", disse. Martins estima que a inadimplência em 99 deve ter uma queda ainda maior.



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