Campinas, Sábado, 31 de julho de 1999

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ABASTECIMENTO
Produtos comercializados na Ceasa de Campinas têm preços reajustados após protesto
Preço de hortifrúti aumenta até 81%

VALÉRIA SALEK
free-lance para a Folha Campinas

O preço do limão taiti aumentou 81,8% em Campinas em razão da paralisação dos caminhoneiros nas estradas do país.
Além do preço do limão, o mamão formosa e o abacaxi dos tipos pérola e havaí foram os que mais sofreram variação entre as frutas comercializadas na Ceasa (Centrais de Abastecimento S/ A) de Campinas.
A caixa com 25 quilos de limão subiu de R$ 11 para R$ 20. O preço da caixa do mamão subiu de R$ 13 para R$ 15. Já o abacaxi pérola subiu de R$ 1,50 para R$ 1,70 cada.
Os preços estavam sendo praticados ontem e foram comparados aos valores cobrados no dia 28.
O produtor, em dúvida sobre o término da greve, deixou de colher e transportar o limão.
A cenoura apresentou um aumento de 33% e o chuchu e o pepino caipira, de 20%.
A caixa com 24 quilos de cenoura subiu de R$ 15 para R$ 20. O preço da caixa com 22 quilos de chuchu, de R$ 10 para R$ 12. Já o pepino (caixa com 24 quilos) subiu de R$ 15 para R$ 18.
Para o presidente da Ceasa, Sérgio Pupo Nogueira, os preços dos hortifrútis devem se estabilizar na próxima quarta-feira.
A Ceasa de Campinas recebeu ontem 2.303 toneladas de produtos, volume considerado normal nas médias registradas no mês.
A Ceasa iria doar uma quantidade superior de alimentos à ISA, entidade que distribui alimentos à favelas.

Prejuízos
O vereador Paulo Oya (PSB), comerciante do Ceasa, contabilizou ontem os prejuízos causados pelo bloqueio.
O módulo onde comercializa legumes na Ceasa passou os quatro dias de paralisação sem conseguir carregar e receber produtos. "A perda foi total", disse o vereador.
A comerciante Renata Cardoso deixou de comercializar 1.500 caixas de mamão no box que tem na Ceasa, somando, em três dias, um prejuízo de R$ 12 mil.
O caminhão que traria mamão formosa da Bahia ficou retido no Espírito Santo desde terça-feira e, somente às 16h de ontem descarregou. O produto poderia ter estragado.

Prejuízo
A Ceasa só divulgará o balanço de perdas e prejuízos com a paralisação na segunda-feira.
O diretor regional da Apas (Associação Paulista de Supermercados), João Galassi, disse ontem que a situação do setor era normal.
Segundo ele, além de frutas, apenas algumas marcas de leite in natura, chocolate e iogurte faltaram durante os dias de paralisação.



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