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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 2
Prefeitura de Americana é suspeita de contratar 1.200 funcionários sem concurso público
Procurador pede auditoria na Saúde
ROGER MARZOCHI
free-lance para a Folha Campinas
O procurador da República Osvaldo Capelari Júnior, de Piracicaba, deve pedir na próxima semana ao Ministério da Saúde a
realização de uma auditoria no
Fundo Municipal de Saúde de
Americana (28 km de Campinas).
Capelari, que convocou o prefeito Waldemar Tebaldi (PDT)
para depor na próxima segunda-feira, disse que já tem provas suficientes para pedir a auditoria.
O procurador abriu, no início
do mês, um inquérito para investigar duas supostas irregularidades no setor: a contratação de
1.200 funcionários pela Fusame
(Fundação de Saúde de Americana) sem concurso público e a falta
de autonomia do Conselho Municipal de Saúde na fiscalização dos
recursos municipais e federais
destinados à área.
"A área de Saúde de Americana
é uma caixa-preta. Sem prestar
contas, eles podem até perder o
repasse de verbas federais", afirmou Capelari.
A prefeitura recebe, em média,
R$ 890 mil por mês do governo federal.
O procurador disse ser, no mínimo, suspeito o fato de as contratações na Fusame terem sido
feitas com base em um decreto de
calamidade pública editado em
1993. "O decreto de calamidade
pública não pode durar tanto
tempo", disse.
A Prefeitura de Americana e a
procuradora da Fusame, Rose Lino Cavagna, negam as irregularidades.
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