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Ações para reduzir transtornos mentais reduzem afastamento

Para médico do Hospital das Clínicas de SP, números sugerem epidemia do problema

DE SÃO PAULO

Fazer uma campanha para prevenir e tentar minimizar os transtornos mentais entre os funcionários pode ajudar a empresa a cortar custos.

Foi o que aconteceu na Senarc, de cobrança e telemarketing. Depois de contratar uma psicóloga para atender funcionários, o número de profissionais que tiraram licença por depressão caiu "significativamente", diz o diretor Maurício Lambstain, 30.

Entre as doenças psiquiátricas, mudanças de humor (categoria na qual se encontra a depressão), transtornos neuróticos e uso de substâncias psicoativas (como drogas) são os três principais motivos que levam funcionários a pedir licença do trabalho, mostram dados do INSS.

Segundo o psiquiatra Duílio de Camargo, do Hospital das Clínicas de São Paulo, que conduz um programa sobre saúde mental nas empresas, esses dados são parecidos com os de outros países.

Para ele, os números já permitem dizer que há epidemia.

"Os transtornos mentais elevam o absenteísmo e isso é um problema socioeconômico tanto para as empresas como para a previdência social. É preciso buscar formas para evitar que chegue a esse nível", diz.

Segundo ele, pacientes "só buscam tratamento quando estão no fundo do poço".

Ele dá sugestões, como explicar aos funcionários como funciona a depressão e a síndrome do pânico para que elas sejam tratadas cedo.

O médico do trabalho Pedro Paulo Alvarez, da Gesto Saúde & Tecnologia, recebe trabalhadores de outras empresas para fazer diagnósticos e afirma ter notado um aumento no número desses casos. "As pessoas não gostam de falar do tema, se esquivam por medo de serem discriminadas", afirma.

Márcia Merquior, psicóloga da empresa de diagnósticos Vita, também diz ter percebido esse movimento. "Em 2009, quando houve crise, notei aumento desses quadros. E neste ano percebi a tendência, pois a percepção sobre a economia piorou."


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