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Carreiras e Empregos

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Carona comprada

FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

A empresa Zaznu lançou neste mês um aplicativo que permite, pelo celular, encontrar alguém que está nas redondezas e pedir uma carona --por enquanto, o sistema funciona só no Rio de Janeiro e incentiva os passageiros a fazer doações em dinheiro aos motoristas.

Terminada a corrida, o pagamento não é obrigatório, mas, sim, sugerido pelo aplicativo, diz Yonathan Yuri Faber, 28, sócio da empresa.

Para incentivar que o dinheiro seja dado, motoristas atribuem uma nota aos passageiros que levaram, avaliação que inclui sua generosidade no pagamento. A Zaznu, que deve começar a funcionar em São Paulo depois do Carnaval, fica com 20% da doação.

Quando uma pessoa que não dá a gorjeta abrir a ferramenta e pedir um motorista, terá menos pontos --e menos chances de ser atendido.

Faber diz que os prováveis motoristas serão, em geral, universitários que ainda não têm trabalho e também pessoas que abandonam seus empregos para se dedicar exclusivamente a dirigir. "Podem ganhar até R$ 5.000 com a gente", promete.

O modelo deve ser questionado na Justiça, segundo o advogado Fabio Kujawski, sócio do escritório Mattos Filho.

Isso porque legislação brasileira impede que se obtenha remuneração por serviço de transporte sem ter uma licença do poder público.

"O grande problema é que dizer que o pagamento é uma doação, para não chamar de serviço, não é uma defesa tão forte. Há um incentivo a esse pagamento", diz Kujawski.

Faber diz ter consciência disso. "Sabemos que vamos ter dor de cabeça. Mas não existe nenhuma lei que se impeça de dar carona ou receber doações. O que não é proibido por lei é permitido."

Carlos Nepomuceno, diretor da Pontonet, especializada em internet

BOM CAMINHO
Permite aproveitar melhor os carros, principalmente quando há muita gente indo para um mesmo lugar

TERÁ RESISTÊNCIAS
Será necessário convencer passageiros da segurança de usar o aplicativo a partir do ranking de motoristas


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