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Selfie de ladrão
Em 2012, o engenheiro de software Haggai Meltzer deixou seu apartamento em Tel Aviv e saiu de férias com a mulher para o sul de Israel. Quando voltou, a porta havia sido arrombada e a maior parte dos aparelhos eletrônicos, roubada. Mas sobraram dois celulares antigos.
Ele, então, teve a ideia: por que não criar um aplicativo que transformasse os smartphones antigos em câmeras de segurança?
"Depois de 18 ou 19 meses, um celular não tem mais quase nenhum valor", diz Michele Aliverti-Piuri, sócio da Salient Eye, que lançou o aplicativo com investimento de um fundo israelense.
O programa transforma o celular em um sensor que tira fotos quando o lugar para onde está voltado apresenta movimento. As imagens são salvas em um servidor e enviadas por e-mail e SMS para o usuário. Depois disso, um alarme começa a soar.
O empresário diz que, sem que houvesse um foco específico da empresa, o Brasil se tornou o terceiro maior público do Salient Eye, atrás de Colômbia e Estados Unidos. "Brasileiros fazem 25% das instalações diárias", diz.
Ele afirma que isso acontece por causa dos riscos de roubos no país e do custo de sistemas de segurança aqui.
Um complemento do aplicativo lançado na semana passada e chamado Security Remote Control permite que o dono ative e desative a distância o aparelho. O custo é de US$ 10 (R$ 26,60) por ano.
A versão antiga foi baixada 100 mil vezes no Google Play, nem sempre para prevenir assaltos. "Um caçador de veados nos disse que usa o aplicativo para saber quando os animais estão por perto.", conta Aliverti-Piuri.