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Sonhar alto

Fazer decolar empresas que causam impacto social positivo, não provocam danos ao ambiente e que têm potencial de lucro é o objetivo da nova aceleradora de negócios Pipa, sediada no Rio.

As aceleradoras são formadas por grupos que adaptam o modelo de negócio de empresas iniciantes para que elas cresçam rapidamente.

Na Pipa, o foco são companhias que criem um "futuro desejável, com riqueza, bem-estar e sustentabilidade", afirma Felipe Anghinoni, 34, diretor da escola Perestroika, uma das quatro empresas responsáveis pela iniciativa.

Ele cita como exemplo de negócio que poderia se enquadrar no trabalho da aceleradora um projeto criado nos EUA chamado PopCorn. A empresa propõe que pessoas usem o tempo que gastam paradas no trajeto para o trabalho para realizar "microtarefas", como pequenas traduções, com um smartphone, sendo pagas por isso.

Cerca de 160 projetos foram inscritos para a primeira seleção -cinco empresas vão passar pelo processo de aceleração na Pipa.

Durante cinco meses, os empreendedores terão a orientação de profissionais convidados e também assistirão a aulas sobre temas como marketing, cultura digital e experiência do usuário.

No final, devem apresentar os projetos para investidores -a Pipa vai ficar com 20% do empreendimento.

Os negócios sociais já atraem a atenção de grupos de investimento no Brasil.

A Aceleradora de Impacto, da organização Artemisia, apoiou até agora 45 negócios que buscam melhorar a vida da população de baixa renda em áreas como educação.

Desses, 32 receberam investimento. Só neste ano foram R$ 7,5 milhões para cinco pequenas empresas que participaram do programa.

"O objetivo é investir em uma nova geração de empresas que atuam em mercados com necessidades graves", diz Renato Kiyama, 26, diretor da organização.