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Funcionário da ONU lança ataque a impasse climático

Para Kiyo Akasaka, países ricos 'não são sérios' na aderência ao Protocolo de Kyoto

Alexander Joe/France Presse
Ativistas africanos na conferência do clima em Durban
Ativistas africanos na conferência do clima em Durban

DO RIO

Numa veemência atípica entre funcionários da ONU, o subsecretário-geral para Informação Pública das Nações Unidas, Kiyo Akasaka, disse ontem no Rio que "muitos países desenvolvidos não são sérios" no cumprimento dos compromissos do Protocolo de Kyoto, hoje o único acordo global para tentar minimizar a mudança climática.

Akasaka afirmou que, se a conferência do clima iniciada ontem em Durban, na África do Sul, terminar sem uma extensão do protocolo ou sua substituição por outro acordo, os países que não implementaram seus compromissos "sairão impunes".

"Esperamos que, de alguma maneira, seja possível chegar a acordos aqui e ali, mas não a um acordo abrangente", declarou.

Ele questionou ainda a falta de pressão de ONGs, da academia e das empresas sobre os governos em relação às mudanças climáticas.

O porta-voz do Itamaraty foi mais diplomático ao comentar a conferência, afirmando que "diplomata não pode ser pessimista".

"O que nos perturba é voltar atrás em obrigações já assumidas", disse o embaixador Tovar da Silva Nunes.

Ele afirmou que o país não quer uma discussão polarizada entre ricos e pobres.

As declarações foram dadas no lançamento da campanha "O Futuro que Queremos", que convoca a população a manifestar seus desejos para o mundo daqui a 20 anos, apresentando ideias para alcançar esses objetivos.

A campanha faz parte da mobilização para a Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável que acontece em junho no Rio. As contribuições podem ser dadas no site www.futu rewewant.org (em inglês).

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