Índice geral Ciência
Ciência
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Brasil mantém papel importante em negociações

DO ENVIADO A DURBAN

O Brasil teve um papel central na construção do acordo político em Durban.

Com o peso de sediar uma grande conferência internacional no ano que vem, a Rio +20, o país se engajou para trazer os EUA de volta à mesa de negociações.

Também foi o primeiro dos grandes emissores do mundo em desenvolvimento ao declarar publicamente, anteontem, que participaria de um acordo legalmente vinculante contra a mudança climática no pós-2020.

A afirmação, no discurso da ministra Izabella Teixeira, rendeu ontem elogios da comissária do Clima da UE, Connie Hedegaard.

Os diplomatas brasileiros ajudaram a achar a linguagem no texto que pudesse acomodar a impossibilidade dos americanos de aderirem a um tratado internacional legalmente vinculante.

Esse comportamento "construtivo" na reta final, na linguagem dos diplomatas, tirou o foco das críticas que o país vinha recebendo por causa da reforma do Código Florestal. Na primeira semana da COP-17, o código -e as reações do governo às críticas- deram ao Brasil o troféu "Fóssil do Dia", de país que mais atrapalha as negociações do clima.

Nem sempre foi assim. Durante muitos anos, o Brasil foi notório pela sua inflexibilidade diante dos países ricos, recusando-se a assumir compromissos de redução de emissões porque não era um grande poluidor histórico.

No entanto, diante do peso do desmatamento na Amazônia e da queima de combustíveis fósseis nas emissões globais, esse argumento se tornou menos crível, levando à mudança de posição. (CA)

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.