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Observação é teste para teoria de Einstein

DE WASHINGTON

Aquilo que o projeto Event Horizon Telescope espera ver, na verdade, não é um buraco negro em si.

Como esse objeto é capaz de engolir luz, apenas o contorno de sua sombra seria visível em meio ao brilho do plasma -matéria superaquecida-no centro da galáxia. Ainda assim, seria a primeira observação direta da estrutura de um buraco negro.

A observação pode ajudar a entender o intenso campo gravitacional ao seu redor.

A gravidade do buraco negro fica toda concentrada num único ponto, e isso é o que o torna tão particular. "A teoria da relatividade geral prevê que o horizonte de eventos -a fronteira de onde nada escapa do buraco negro- deve ser circular", diz Marrone. "Se nós o virmos e ele não tiver essa forma, significa que a teoria de Einstein não explica a gravidade em regimes extremos."

Conseguir uma imagem que traga essa resposta, porém, não será fácil. Como os observatórios do projeto não são integrados em tempo real, é preciso gravar os dados em cada um deles com equipamentos de ultra precisão. As imagens são recolhidas em forma digital e depois levadas um supercomputador que as integra.

"Não é coisa simples", afirma Morrone, explicando porque o projeto demorou tanto a decolar.

"Mas sai relativamente barato, porque não requer a construção de novos telescópios", disse.

(RG)

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