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Universidades nos EUA têm especialista em papelada

DE SÃO PAULO

O sistema de financiamento à pesquisa instituído no Brasil, em que o próprio pesquisador recebe os recursos, e não a universidade, ajuda a aumentar a burocracia.

Nos EUA e em parte da Europa, os recursos saem das agências de financiamento e vão para a universidade.

Além disso, as universidades contam com pessoal qualificado para cuidar dos trâmites burocráticos, como patentes e importações.

No Brasil, as importações feitas com recursos federais devem ser conduzidas pelos próprios cientistas.

Em São Paulo, responsável por 51% da ciência do país, a agência de financiamento estadual à ciência, a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), cuida ela própria dos trâmites de importação.

"Hoje importo tudo pela Fapesp, assim não perco tempo com formulários", diz Lygia da Veiga Pereira, da USP.

Além da burocracia, a legislação de importação de material científico também tem problemas.

Uma luz no fim desse túnel é um conjunto de leis para ciência, que tramita na Câmara dos Deputados e no Senado desde o fim de agosto.

O Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação prevê, por exemplo, livrar os cientistas da Lei de Licitações (lei 8.666, de 1993).

Em entrevista exclusiva à Folha na sua posse, o ministro de Ciência, Marco Antonio Raupp, disse que a "aprovação do novo código é prioridade". Mas ainda não há data para votação.

(GM E SR)

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