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Estudo reconstrói superpinguim pré-histórico da Nova Zelândia

Espécie pode ajudar a desvendar a evolução desses animais

DE SÃO PAULO

Pesquisadores americanos conseguiram reconstruir pela primeira vez o esqueleto de um superpinguim que habitou a Nova Zelândia durante o Oligoceno, cerca de 25 milhões de anos atrás.

A espécie, batizada de Kairuku (que na língua maori significa algo como "o mergulhador que volta com comida"), é muito diferente de todos os pinguins conhecidos, tanto os modernos quanto os mais antigos.

Por isso, a reconstrução e o estudo desse animal podem lançar luz sobre como foi a evolução dos pinguins, afirmam os autores do trabalho, publicado no "Journal of Vertebrate Paleontology".

"O Kairuku era uma ave elegante para os padrões dos pinguins, com um corpo esguio e nadadeiras [asas modificadas] longas, mas com pernas e pés curtos e grossos", afirmou Dan Ksepka, professor da Universidade Estadual da Carolina do Norte (EUA) e um dos responsáveis pela reconstrução do bicho.

GRANDALHÃO

O animal media cerca de 1,5 metro e coexistiu com pelo menos outras quatro espécies de pinguim na região. Seu corpo diferente e a existência de tantos outros tipos de pinguim dificultaram a reconstrução do esqueleto.

O fóssil foi encontrado em 1977, mas ficou guardado durante muito tempo. Somente em 2009 e em 2011 Ksepka conseguiu se dedicar ao projeto e concluir o trabalho.

A Nova Zelândia nos tempos de Kairuku era uma espécie de paraíso para o desenvolvimento dos pinguins.

SEGURANÇA

"O local era ótimo para os pinguins em termos de comida e segurança. A maior parte da Nova Zelândia estava sob a água naquele tempo, deixando isoladas áreas de terra rochosa que mantiveram os pinguins protegidos contra eventuais predadores e fornecendo suprimentos de comida abundante", completou o cientista.

Ksepka diz esperar que seu trabalho consiga animar outros paleontólogos a estudarem com mais afinco as espécies extintas de pinguins, em especial as gigantes.

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