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Técnica que ajuda a 'descobrir' vida na Terra pode valer para outros planetas

ESO/France Presse
Lua minguante vista em observatório de Paranal, no Chile; o resto do astro só pode ser visto graças à luz vinda da Terra que é rebatida pelo satélite
Lua minguante vista em observatório de Paranal, no Chile; o resto do astro só pode ser visto graças à luz vinda da Terra que é rebatida pelo satélite

DE SÃO PAULO

Cientistas usaram um avançado telescópio de 8,2 metros de diâmetro, construído no deserto do Atacama, no Chile, para descobrir que existe vida na Terra.

"Parece a mesma coisa que matar um mosquito com um canhão, mas na verdade se trata de um grande avanço", escreve Christoph Keller, do Observatório de Leiden (Holanda), em artigo na revista científica "Nature".

"É a primeira vez que a vida terrestre foi detectada usando um método que, em princípio, também poderia ser usado para achar vida em planetas fora do Sistema Solar", explica Keller, que comentou a pesquisa liderada por Michael Sterzik, do ESO (Observatório Europeu do Sul, no Chile) na mesma edição da "Nature".

O truque foi observar a luz que a Terra, ao recebê-la do Sol, rebate rumo à Lua. Essa luminosidade, por sua vez, pode ser vista da Terra.

E não apenas vista, mas analisada com precisão pelos astrônomos. O que ocorre é que a luz rebatida pela Terra traz a assinatura de suas características como planeta "vivo". Dá para estimar coisas como a cobertura de nuvens, a quantidade de vegetação na superfície e o tamanho dos oceanos graças aos padrões específicos de propagação da luz terrestre.

A esperança dos cientistas é usar uma nova geração de telescópios espaciais potentes, no futuro, para buscar assinaturas parecidas vindas de planetas distantes.

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