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ONG e fabricantes de papel fazem parceria por conservação ambiental

Plantações terão mais espécies de árvores para proteger o solo

Xerxes Caliman/Pró-Tapir
Anta passeia em reserva particular de proteção na cidade de Linhares, no Espírito Santo
Anta passeia em reserva particular de proteção na cidade de Linhares, no Espírito Santo

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE “CIÊNCIA E SAÚDE”

Uma parceria entre a ONG ambientalista WWF e empresas do setor de papel e celulose lançou ontem no Brasil um projeto cujo objetivo é conciliar plantações comerciais de árvores com necessidades ambientais e sociais.

Batizado de NGP (sigla inglesa de "plantações de nova geração"), o conceito envolve "planejar a paisagem", recuperando áreas degradadas, explica o engenheiro florestal Mauro Armelin, coordenador do Programa da Amazônia do WWF.

"É claro que uma plantação de árvores continua sempre sendo uma monocultura, mesmo que você plante três ou quatro espécies arbóreas", diz Armelin. "Não tem como substituir a biodiversidade original. Mas as plantações, se bem manejadas, podem ajudar na proteção do solo e na produção de água, além de servir como corredores para a biodiversidade."

Em parceria como empresas como a Fibria, o esboço da ideia já estava sendo aplicado em áreas de mata atlântica no interior paulista, na Bahia e em Minas Gerais.

Nesses lugares, além da área de mata nativa exigida por lei, as propriedades ligadas à empresa, tocadas por pequenos agricultores, combinam plantações de pinus e eucalipto com lavoura de subsistência e pecuária.

Ao mesmo tempo, empresas e ambientalistas planejam como combinar áreas nativas e de florestas comerciais para formar corredores -áreas de mata que permitem a passagem da fauna nativa.

"Vamos intensificar essas iniciativas com o projeto NGP", diz João Augusti, gerente de Meio Ambiente Florestal da Fibria.

Segundo Augusti, há indícios de que as matas plantadas podem fornecer algum abrigo para espécies nativas de aves, por exemplo.

Em certas áreas da empresa, o número de espécies de aves da mata atlântica na floresta plantada fica em torno de 70, cerca de 15% da diversidade original.

Iniciativas parecidas estão sendo implantadas no Acre.

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